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Home Abertura

Negócios ultrapassam crises cíclicas e a concorrência do mercado global

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Abril 25, 2024
em Abertura
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Negócios ultrapassam crises cíclicas e a concorrência do mercado global
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A resiliência tem sido uma característica transversal e constante entre muitos empresários desta região, que, a partir da revolução de Abril, têm sido colocados à prova em vários momentos. A entrada na Comunidade Económica Europeia (CEE), a exposição à concorrência global, o impacto da crise do subprime no sector da construção foram algumas das situações a gerir.

Por outro lado, num mercado aberto ao mundo, algumas actividades saíram beneficiadas, como foi o caso do turismo, que, captando público estrangeiro, se tornou num grande motor de desenvolvimento do País.

Dos anos de ouro da construção ao abrandamento do sector imobiliário

Dados do Anuário Estatístico de Portugal referem que, em 1974, foram concedidas pelas câmaras do distrito de Leiria 3.540 licenças para construção, ampliação e restauração, das quais 2.159 para habitações. Recentemente, as últimas estatísticas regionais, referentes a 2022, indicam que, nesse ano, as câmaras do distrito licenciaram um total de 1.703 edifícios.

Pedro Faria é responsável pela fabricante de gessos Sival, empresa de Leiria que testemunhou esses anos dourados da construção, quando o País, empobrecido, tinha carência de todas as infra-estruturas, a começar pela habitação, até aos dias de hoje, quando a economia vive uma fase de abrandamento, mas continua a ser precisa construção nova e reabilitação do parque imobiliário existente.

Com Pedro Faria, a Sival segue já na terceira geração de gestores. E desde a sua fundação, em 1944, até à actualidade, muitos foram os desafios colocados à empresa, alguns deles suscitados pela revolução de 1974. A Sival conta com aproximadamente 140 colaboradores, trabalha [LER_MAIS]sobretudo com o mercado interno (80%), exportado (20%) sobretudo para Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (África) e para a Europa. E no ano passado, o grupo alcançou um volume de negócios de cerca de 25 milhões de euros. Mas nem todos os anos correram de feição, lembra Pedro Faria.

O negócio nasceu por iniciativa de três engenheiros da Fábrica de Cimentos da Maceira-Liz. Pouco depois, os fundadores convidavam Emídio de Oliveira Faria para integrar a sociedade. “O meu avô tinha experiência em moagem, experiência neste tipo de fabrico”, lembra o neto, Pedro Faria.

Ainda na sua fase de arranque, cerca de dois ou três anos após a fundação, a Sival viveu algumas dificuldades e os três engenheiros retiraram-se, ficando apenas Emídio de Oliveira Faria a liderar a empresa. Antes do 25 de Abril de 1974 não se exportava e não havia concorrência estrangeira. Tal só viria a acontecer com a entrada de Portugal na CEE, contextualiza Pedro Faria. “O nosso negócio corria bem, nos anos 60 e no início dos anos 70. Foram anos de grande evolução da construção. Foram anos de ouro para a economia nacional, que era um País pobre e onde tudo tinha que ser feito”, expõe o gestor da Sival.

“Depois da revolução, seguiram- se tempos conturbados, que afectaram a construção. Quando se voltou à normalidade o receio era então a entrada na CEE. Não estávamos habituados à concorrência externa e os espanhóis eram fortes neste sector. Então, fizemos da qualidade a nossa bandeira, já que em Espanha os produtos tinham preços competitivos, mas ainda não tinham grande qualidade”, conta Pedro Faria. “Quando os espanhóis começaram também a trabalhar a qualidade, tivemos de nos focar ainda mais nos serviços prestados aos clientes”, prossegue o responsável.

Em 2008, a crise do subprime, originada no seio dos mecanismos de crédito à habitação norte-americanos, transformou-se numa crise mundial. “Abalou a nossa construção civil e parou o sector. Na Sival, tivemos problemas graves e demorámos cerca de quatro anos para recuperar a dinâmica de outrora”, recorda o empresário. “Actualmente, sente-se um abrandamento da economia nacional e europeia”, constata.

“Comecei a trabalhar na Sival em 1976 e em 1986 assumi o cargo na administração, quando introduzi uma nova vertente ao negócio, a produção de massas de estucar”, explica Pedro Faria, que tem verificado várias mudanças na actividade. “Antes construiam-se grandes prédios, que consumiam camiões e camiões de material. Hoje, são mais as obras de reabilitação e que exigem produtos específicos para cada fim. A tecnologia e os materiais evoluíram tanto, que se antes tínhamos dois produtos de gesso, agora temos mais de uma centena”, acrescenta o empresário.

Mão-de-obra qualificada, um bem cada vez mais precioso

Fernando Vicente é responsável pela Somema, fabricante de moldes, da Marinha Grande, fundada em 1958 por cinco sócios, um deles Fernando Vicente (pai). “A liberdade, o poder discutir a política, a economia e todos os temas, sem termos de nos preocupar se alguém nos escuta e denuncia, foi o maior ganho do 25 de Abril”, salienta o empresário. Embora a Somema tenha começado a exportar em 1960, depois da democracia notou-se “maior abertura do mundo com o nosso País”.

“No entanto, apesar de ter melhorado os relacionamentos, os efeitos sobre os negócios não foram imediatos, até porque, depois da revolução, vieram momentos conflituosos na política interna”, recorda Fernando Vicente. Mas o tempo veio a reforçar a presença da Somema no mercado internacional, para o qual já canaliza cerca de 95% do que produz, sobretudo para Espanha,França,Suíça e outros países da Europa.

Aponta o Anuário Estatístico de Portugal que, em 1974, um serralheiro mecânico auferia um salário mensal de 229,9 escudos (cerca de 1,15 euros). Fernando Vicente refere que, em termos médios, o mesmo profissional pode hoje receber entre 1.000 e 1.500 euros, podendo auferir mais, dependendo da sua experiência. “Se, neste sector, obter mão-de- obra sempre foi difícil, actualmente tornou-se ainda mais. Esta não é considerada uma indústria sexy e não está a atrair os jovens. É preciso ir ao encontro das escolas e formá-los na empresa, aliás, como sempre fizemos”, conta Fernando Vicente.

Mais e melhor alojamento

Dos tempos em que a esmagadora maioria dos portugueses não tinha possibilidades económicas para fazer férias, o País evoluiu para uma realidade muito diferente. A capacidade de alojamento triplicou no distrito de Leiria, de 4.265 (em 1974) para 13.165 (em Julho de 2022), tendo registado, em 2022, um total de 1.439.342 de dormidas, onde, além dos turistas internos, cerca de metade (688.155) foram realizadas por estrangeiros.

O conceito de sol e mar, o património natural e edificado, o turismo religioso (devido à proximidade do Santuário de Fátima), mas também a gastronomia, a qualidade e diversidade do alojamento, são hoje algumas das propostas diferenciadoras desta região.

Orlando Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal da Nazaré, verifica imensas mudanças entre aquilo que foi e aquilo que é actualmente o turismo no seu concelho. “Houve grandes alterações no alojamento na Nazaré, que se profissionalizou e respondeu às formalidades que o sector turístico veio impondo”. O autarca salienta que se antes a maioria dos alojamentos eram disponibilizados por famílias, com as mulheres na rua a publicitar as suas casas para arrendar nas férias, hoje, até as pessoas mais antigas aderem a plataformas de divulgação online.

Foram construídas unidades hoteleiras, classificadas até quatro estrelas, outros espaços de hotelaria de pequena dimensão (10 a 15 quartos) e também o alojamento local ganhou grande expressão, com uma significativa melhoria de qualidade, sobretudo na última década, realça Orlando Rodrigues. Além disso, o turismo deixou de ser pautado pela sazonalidade, para ter vida durante todo o ano, repara o autarca. E, além de visitantes portugueses, a Nazaré abriu portas ao mundo, captando o interesse de estrangeiros pelo sol, mar, iniciativas desportivas, bem como pelas icónicas ondas gigantes, refere o vice-presidente. 

Etiquetas: 25 abrilaberturaNazarénegóciosturismo
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