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Home Opinião

Fonte

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Junho 18, 2023
em Opinião
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Quem do meio das pedras vê irromper um pequeno fio de água não imagina que aquele acontecimento, aquele fascínio, possa ser mais à frente um rio. No entanto é por ali que se forma o amor com que o caudal no fim se liga ao mar.

Se foste fonte, acabas foz. Diz o lema do fontanário de recolha de água, já não em cântaros e bilhas de barro molhado e pesado sob a cabeça de poemas antigos, mas nos garrafões reutilizáveis de marcas de distribuição abundantes em poemas larachentos que nos invadem por aqui adentro.

Se a bebes, que a vás buscar, e lembra-te do trabalho que a água esteve a irromper por pedras, escondida estava debaixo do lençol à espera de se purificar em seixos e areias e raízes tombantes sem poluição e consumíveis descartáveis.

A fonte nasce pura, sujando-se no caminho com o que apanha ou lhe atiram para dentro. Sem culpa, é água com pedaços de outros dentro. Há um ponto, ou melhor ponte, em que um troço do rio para o outro se faz a sua purificação. Que chegue ao mar em condições de se juntar sem conspurcar. Esta estação de tratamento é filtro, é rede, é ampola e bússola.

Foi preciso primeiro sujar-se com tudo antes para lhe fazer sentido chegar até aqui. Lamento só de não ter sido mais cedo, chegava água pura a mais pessoas. Consequência é aceitar que o esgoto anterior também poderia não ter vertido sem controlo para ribeiro em formação.

A fonte da água é anterior à fonte. Por vezes gera-se um curso, um ligeiro fluído no meio da vegetação e terra, que é fruto da pluralidade de fontes. Origem é sinónimo de fonte.

Onde nasce o rio é por vezes o atestado de pertença que lhe dá nome, que lhe dá estar e que lhe mostra que veio daqui, vai para ali. Sabermos onde nascemos é termos a fonte limpa.

Sei que já lavei muitos garrafões de água antes de os encher, com a mesma água com que os enchi. Hábitos que não se explicam, verdades de fontanário, adágios de crenças antigas no ver fazer caseiro e estrangeiro tão necessário à existência quanto lavar garrafões com a água com que se os enche.

As fontes não se copiam nem equiparam. Os rios são iguais no seu ponto de origem. Esquecem a composição das pedras, das grutas ou de adjetivos freáticos, para se reverem naquilo que é a sua e mesma essência, partilhada por todos, a água.

Etiquetas: águacontoescritafontegarrafãoJLjornal de leiriaLeiriamaropiniãoPaulo Sellmayerpuraregião de Leiriariosujidade
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