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A Direcção da Organização Regional de Leiria (DORLei) do PCP considera que o encerramento das urgências hospitalares é o resultado de uma política de desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Segundo uma nota de imprensa do PCP, o director clínico do Centro Hospital de Leiria anunciou o encerramento do apoio das especialidades de Cardiologia e Cirurgia Geral ao Serviço de Urgência Geral, da Urgência Pediátrica, da Urgência Ginecológica/Obstétrica e Bloco de Partos em períodos diversos, entre os dias 1 e 4 de Dezembro.
“Tal anúncio revela os efeitos de uma política de desinvestimento e ataque ao Serviço Nacional de Saúde que passa, entre outras questões, pela desvalorização das diferentes categorias profissionais, das suas carreiras, salários e condições de trabalho”, refere o PCP.
Para a DORLei, “tal política tem, antes de mais, o objectivos de fragilizar e desacreditar o SNS e assim promover o negócio da doença e os seus grandes grupos económicos que, designadamente no distrito de Leiria, têm já um peso significativo e se preparam para alargar substancialmente a sua escala, apropriar-se de um enorme investimento público e, consequentemente, reduzir o acesso da população aos cuidados de saúde”.
Nesse sentido, a DORLei reafirma que o caminho é o de “reforçar as condições para garantir o direito constitucional à saúde das populações assegurando a contratação de mais médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares e restantes profissionais do sector, investindo nas infraestruturas e equipamentos e garantindo a gestão pública”.
Considerando que o “Orçamento do Estado, recentemente aprovado pela maioria PS na Assembleia da República tem, nesta
matéria, o acordo do PSD, CDS, IL e Chega e prossegue a referida política de ataque ao SNS”, o PCP afirma que continuará a sua “intervenção pela melhoria do SNS, designadamente no distrito de Leiria, intervindo política e institucionalmente e contribuindo para a dinamização a acção de massas das populações”.
