Cerca de uma centena de jovens, que estavam inscritos para serem acolhidos na Diocese de Leiria-Fátima, estarão em parte incerta. Num curto comunicado, enviado esta tarde às redacções, a instituição adianta que comunicou às autoridades de segurança que desconhece o paradeiro de 106 jovens que deveriam ser acolhidos em três paróquias no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
Naquela nota de imprensa, a insituição adianta que “logo que estas não comparências foram sinalizadas, a organização reportou-as às competentes autoridades de segurança que, desde então, têm assumido as diligências exigíveis e necessárias”.
O JORNAL DE LEIRIA contactou André Baptista, coordenador do Comité Organizador Diocesano e padre da Azoia, uma das paróquias onde foi detetada a situação, que se recusou a esclarecer se os jovens chegaram aos locais onde estavam inscritos ou se saíram, sem avisar, no decorrer dos Dias nas Dioceses, que anteceram o início da JMJ. O sacerdote limita-se a remeter para o comunicado da diocese, referindo ainda que “os procedimentos e possíveis investigações feitas” devem ser esclarecidas pela polícia.
Até agora, não foi possível obter mais informações junto do comando distrital de Leiria da PSP. Em declarações ao Diário de Leiria, publicadas na edição desta segunda-feira, o comandante distrital negava o envolvimento PSP neste caso. Citado pelo jornal, o superintendente José Figueira lembrava que os jovens “são maiores de idade” e que os vistos lhe dão a possibilidade de permanência “até meio de Agosto ou Setembro”.
Além de Azoia, houve casos reportados nas paróquias de Leiria e de Porto de Mós. Neste último caso, o padre José Alves adianta que estavam à espera de 50 jovens cabo-verdianos e que “só apareceram 22”. “Os que vieram não explicaram o que aconteceu aos restantes. Não conseguimos perceber onde ficaram”, adianta o sacerdote.
Na Diocese de Leiria-Fátima estavam inscritos 1.379 oriundos de África, 677 da América do Norte, 1.710 da América Central e do Sul, 798 da Ásia, 2.069 da Europa e 74 da Oceânia. Destes, três mil ficam alojados com 1.120 famílias de acolhimento.