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Home Entrevista

D. José Ornelas: “Impressionou-me muito o trabalho realizado nas paróquias para a JMJ”

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Julho 27, 2023
em Entrevista
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D. José Ornelas: “Impressionou-me muito o trabalho realizado nas paróquias para a JMJ”
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A diocese está pronta para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)?
Estamos preparados, mas até ao último momento há sempre coisas a fazer. Impressionou-me muito o trabalho realizado nas paróquias para a JMJ. Chegámos capilarmente a todos os sectores da diocese, movimentando muitas pessoas, que têm trabalhado com uma tenacidade e generosidade impressionantes, mas também com capacidade. Já começámos a receber pessoas. Há grupos que mandaram ‘batedores’ à frente para preparar o terreno.

O que espera que fique da JMJ?
Essa a pergunta é para o dia 7 de Agosto. Antes de mais, vamos celebrar. A nossa preocupação é que este seja um momento vivido e interiorizado por quem chega e por quem acolhe. Não é simplesmente um show de carácter turístico de Portugal e da Igreja. Trata-se de acolher um momento de Igreja, fundamentalmente feito por aqueles que chegam. O que ficará, para a Igreja, para o País e para os jovens, é uma reflexão a fazer depois.

Que frutos gostaria que ficassem?
Uma das características da Igreja é o seu carácter de universalidade, que traz um grande enriquecimento, não só intelectual, mas também na maneira de estar na vida. A JMJ será a oportunidade de estar ao lado de tanta gente, de nacionalidades tão diversas, que se exprimem numa linguagem de encontro e de vida. Hoje, uma grande parte dos nossos jovens faz experiências de saída do País, não apenas por questões económicas e de busca de uma vida melhor, mas pelo fascínio do encontro com outras culturas e outros povos. Isto vai acontecer aqui. O que somos em diálogo com os outros enriquece-nos. A Igreja deve também olhar para aquilo que se fez internamente no âmbito da JMJ, nomeadamente, para a rede de contactos e para a capacidade organizativa e de mobilização que se criou. O desafio é conseguir manter vivo este ambiente de ligação e de trabalho em rede

A JMJ será também uma oportunidade de aproximar os jovens à Igreja?
Nenhuma sociedade pode viver sem os jovens. Mal seria se, desde que nascem, os mais novos não fossem objecto de especial carinho e atenção nas famílias, nas autarquias que se preocupam verdadeiramente com o bem da população e no País no seu todo. A Igreja não pode ser diferente. Temos das catequeses mais bem organizadas da Europa para os mais novos. A partir da adolescência e da juventude temos de seguir outro caminho. O trabalho em rede tem muita importância. Mesmo as paróquias e movimentos mais de menor dimensão podem adquirir essa característica de universalidade, de comunhão e de saída de si próprio, do seu mundo, através da rede que está criada e envolvendo os jovens. Para mim, esta é uma questão civilizacional. A minha geração – estou a chegar aos 70 anos – assumiu responsabilidades muito cedi. A Revolução [dos Cravos] feita foi por capitães, gente jovem, não pelos generais. A presença de jovens no governo e nas instituições foi uma marca destes tempos.

Hoje isso não acontece tanto.
Os jovens não têm, hoje, as oportunidades que nós tivemos. E isto preocupa-me. Os jovens afastaram-se da política e as organizações juvenis perderam relevância. Isto acontece também porque agora cada um tem a facilidade de criar uma redoma em seu redor, de criar o seu próprio mundo, à medida dos seus interesses. É preciso criar bases mais sólidas e mais interactivas, de uma verdadeira interatividade de vida e de projecto, que leve os jovens a estarem mais presentes e participativos na vida em sociedade e, concretamente, na vida da Igreja.

Que significado atribui à vontade expressa do Papa de vir a Fátima por ocasião da JMJ?
É público que Fátima lhe dizia muito, mas que ficou impressionado com o silêncio de Fátima. Ele quer chamar a atenção para isso. Pelo que, dentro do calendário ocupadíssimo das jornadas, ele quis reservar um tempo para rezar em Fátima, com os peregrinos. Ir ao Santuário significa também contactar com uma figura feminina e materna, Maria, que cuida. É uma dimensão importante para todos. A Igreja deve ser materna para aqueles que precisam. Assumir o espírito de Maria, o espírito de Fátima, é, precisamente, assumir essa atitude de cuidar daqueles que precisam. A vinda do Papa a Fátima tem também o sentido de chamar a atenção para as fragilidades daquilo que somos.

É a sétima visita de um Papa à Fátima. Isto é revelador da importância do Santuário?
Fátima tornou-se um ponto de relevo no panorama da Igreja no mundo. Não é uma questão só de números. A dimensão que Fátima foi ganhando é reflexo, não das visitas papais, mas também do caminho de reflexão histórica e teológica sobre a mensagem de Fátima, acompanhando também o caminho de uma Igreja do Concílio Vaticano II. As pessoas encontram em Fátima um respiro de espírito, de profundidade e uma ligação concreta àquilo que é a Igreja de Deus.

Ter o Papa a rezar na Capelinha das Aparições vai ser seguramente um momento marcante, como será seu encontro com vítimas de abuso. O que pode revelar sobre estes momentos?
Em Fátima, o Papa quer estar com jovens com limitações de todo o género, seja por doença, deficiência ou até de liberdade. O encontro está a ser preparado na linha do que é Fátima, como espaço de um encontro com um sofrimento, umas vezes causado pelos homens, outras, pela própria realidade da vida. Às vezes, não temos palavras para chegar a quem está a sofrer. Esse rezar juntos coloca-nos diante de Deus, na situação em que cada um está. É muito importante esta perspectiva que o Papa quer dar à visita a Fátima.

E o encontro com vítimas de abuso, como será?
Não vamos revelar pormenores em atenção às pessoas, que já sofreram tanto. É um processo que está a ser tratado com a maior discrição. Entendo a curiosidade, mas o importante são as pessoas.

No recente decreto de nomeações fala necessidade de renovação pastoral da Igreja diocesana. Que áreas considera prioritárias?
Não é uma renovação no sentido de dizer que as coisas estão erradas e que é preciso arrepiar caminho. A sociedade mudou e as condições da Igreja também mudaram. Temos muito menos padres. Alguns, estão a chegar a limites que não lhes permitem ficar à frente de paróquias e não há quem os substitua. Temos de nos organizar de forma diferente. Nos últimos anos, tornou-se claro que esse era o caminho. Se não fosse por convicção seria por necessidade. Chegou o momento dos dois.

O momento de seguir o caminho da Igreja sinodal, de que muito se falou nos dois anos.
Exacto. Precisamos de uma Igreja que respire com todos os seus organismos e não apenas com a cabeça – aqueles que estão à frente das comunidades -, para encontrar caminhos onde todos possam dar o seu contributo. A figura do padre tem de ser revista. O padre não tem de ser o centro de tudo. Neste ano pastoral, ficámos sem alguns sacerdotes e tivemos de recorrer a outra forma de organização. Surgiram pessoas que tomaram conta das actividades correntes das suas paróquias, com o apoio de um padre, é certo. Isto tem de ser cada vez mais a prática. Talvez se possa organizar melhor a vida das comunidades com unidades pastorais, em que temos várias paróquias e vários padres a trabalhar em conjunto. Organizar as paróquias de forma coerente, respondendo às necessidades específicas de cada território, é o nosso desafio. No próximo ano pastoral iremos pensar muito a vida da diocese, que queremos que seja funcional e aberta em diálogo com o mundo e com a sociedade onde está inserida. Precisamos de encontrar a melhor solução para cada um dos ambientes, com maior envolvimento e participação dos leigos. Temos também de motivar e ocupar os jovens, dando-lhes gosto de ser Igreja e integrando-os no caminho que temos de fazer juntos.

Etiquetas: bispodioceseentrevistaFátimajmjjosé ornelasLeiriapadres
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