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Ricardo Charters-d’Azevedo escreveu um novo livro, publicado pela Hora de Ler, com o título O General Guilherme Charters Henriques d’Azevedo e a Família Real, em que desvenda as ligações que o seu antepassado manteve com a monarquia portuguesa durante 29 anos.
“O interesse que ele tem para Leiria é que ele nasceu nas Cortes, herdou a casa que é hoje a Biblioteca Municipal e anteriormente foi sede do Grémio da Lavoura. Os restantes edifícios que foram Pousada da Juventude e o outro que é a Cedile foram herdados pelos irmãos”, explica o autor.
Na obra, fica clara “a ligação que um leiriense teve durante 29 anos com a família real”, assinala Ricardo Charters-d’Azevedo. “As cartas do D. Manuel II a ele, pedindo que cortasse a cortiça, para ter mais dinheiro no seu exílio em Londres não era mais que um patrão solicitando que os seus bens (da Casa de Bragança) rendessem”.
O general de brigada Guilherme Charters Henriques d’Azevedo, filho de José Maria Henriques d’Azevedo, e de Maria Isabel Charters, nasceu a 21 de Julho de 1854, nas Cortes, Leiria. E faleceu em Lisboa, a 8 de Agosto de 1928.
“Foi pela primeira vez biografado o meu tio-bisavô, Guilherme Charters Henriques d’Azevedo, quando da elaboração do texto que faz parte do capítulo V do livro Villa Portela – Os Charters d’Azevedo em Leiria e as suas relações familiares (séc. XIX)”, lê-se na introdução. “Pareceu importante rever o texto à luz de alguns novos documentos recentemente encontrados e aproveitar para explicitar e aprofundar as ligações que ele manteve durante 29 anos com os últimos dois reis de Portugal”.
