Volvidos cinco anos do surgimento do andebol na União Desportiva da Serra (UDS), e três anos após a manifestação da vontade num novo pavilhão, com piso adequado e as medidas oficiais exigidas para a realização de jogos de andebol, as obras já iniciaram, no terreno junto ao campo do clube.
“Toda a estrutura deve ficar concluída até ao final do ano”, refere Ângelo Correia, dirigente da secção de andebol, acrescentando que “ficarão depois a faltar alguns detalhes, como o piso, que queremos que fiquem finalizados o mais depressa possível”.
O objectivo é que, no início do ano, ainda na época 2023/2024, o pavilhão esteja concluído. “Queremos ter algumas actividades no pavilhão no início do ano, que vão ser importantes na dinamização do clube e da freguesia”, afirma o dirigente.
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A infra-estrutura terá 750 lugares, para receber provas internacionais de andebol e de futsal, seis balneários, um gabinete médico e uma sala de conferências, sendo assegurada uma ligação ao relvado sintético através da bancada.
As equipas de andebol da UDS são actualmente obrigadas a treinar e a receber jogos em três pavilhões distintos, nomeadamente no Arrabal e em Fátima, tendo a vontade de um novo pavilhão surgido para responder às necessidades do clube, mas também da comunidade, designadamente da escola.
“Este estabelecimento tem cerca de 600 crianças, todos os anos está sempre no limite, e infelizmente, o ginásio não tem sequer condições mínimas para as crianças estarem lá sentadas a ver um filme”, relata Ângelo Correia.
Quando surgiu a vontade de um novo pavilhão, durante uma assembleia-geral do clube, foi ponderada a “possibilidade de alargar o actual pavilhão da UDS, mas percebeu-se que a obra seria demasiado dispendiosa”.
O clube avançou, assim, para um novo pavilhão, que “será da comunidade”. “Temos essa obrigação de ajudar não só as crianças, como os mais velhos. O futuro dos clubes passará muito por esta área social”, salienta.
O pavilhão representa um investimento de centenas de milhares de euros por parte do clube, com apoio camarário e da junta de freguesia. “Vamos promover muitos eventos para angariar dinheiro. Felizmente estamos numa freguesia muito dinâmica, e sabemos que podemos contar com a adesão da comunidade.”
Objectivo é profissionalizar a estrutura
Em apenas cinco anos de projecto, o andebol da UDS tem já cerca de 70 atletas, cinco escalões de formação e importantes conquistas, como os dois vice-campeonatos nacionais consecutivos pela equipa de andebol sub-16. O segredo? “Muito trabalho” e “ter as pessoas certas”.
“Temos dois dos melhores coordenadores do País, o que ajuda muito”, afirma Ângelo Correia, referindo-se a André Micaelo e Nuno Fernandes.
Um dos principais objectivos da secção de andebol passa por “profissionalizar a coordenação e o trabalho técnico”, mas as ambições não ficam por aqui.
Voltar a entrar nas escolas é outro dos objectivos. “É fundamental termos alguém do clube a levar o andebol às escolas. É algo que queremos retomar no próximo ano lectivo”, revela André Micaelo.
O clube pretende ainda, em cada escalão, ter uma equipa (A) focada na competição e outra (B) para os atletas que querem “apenas praticar desporto”. “Este ano já conseguimos ter em alguns escalões, e acreditamos que na próxima época conseguiremos implementar em mais”, acrescenta André Micaelo.