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Marinha Grande ganhou mais três médicos, o que permitirá a 5250 utentes passar a ter médico de família, congratulou-se Ana Laura Baridó, vereadora com pelouro da Saúde, que, em reunião de câmara, adiantou ainda o conjunto de estruturas que serão reorganizadas no concelho.
No concurso para colocação de médicos especialistas em medicina geral e familiar, que fechou na semana passada, das 41 vagas propostas pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, apenas seis clínicos foram colocados, três dos quais na Marinha Grande, informou Ana Laura Baridó.
“Satisfaz-nos bastante”, considerou. É o resultado do trabalho do ACES Pinhal Litoral, que a câmara tem “acompanhado com muita proximidade” e “apoiado em tudo o que é possível”, observou.
A vereadora frisou ainda o facto de, com a chegada de novos clínicos, a USF (Unidade de Saúde Familiar) Stephens ficar com o seu “quadro médico completamente preenchido”; o facto de a USF Vitrius ter assumido a[LER_MAIS] tipologia de modelo B, na semana passada; e, dentro de algumas semanas, a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) Atlântica dar lugar à USF Semear. Por sua vez, a sede da UCSP Atlântica será transferida da Marinha Grande para Vieira de Leiria, garantindo mais autonomia para colocar médicos e enfermeiros naquela freguesia.
USF em Ourém perde quatro médicos
Enquanto na Marinha Grande se anunciam melhorias nos serviços de saúde, em Ourém agrava-se a situação na sede de concelho, com a saída de quatro dos cinco médicos que prestavam serviço na USF Auren, consumada nas últimas semanas. “Neste momento, temos apenas três ou quatro médicos da UCSP.
A situação já era preocupante e agora ficou ainda pior”, lamenta o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, revelando que, no âmbito do recente concurso para a colocação de médicos de família o Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo ficou apenas com três, um dos quais será afecto a Ourém. “É manifestamente insuficiente”, alega o autarca, defendendo que neste tipo de concurso, as vagas deveriam ser abertas para os concelhos com mais carências, “sob pena destes ficaram ainda mais desfalcados” com a saída dos clínicos que têm para outras zonas mais próximas das suas áreas de residência.
Primeira subscritora de uma petição entregue na semana passada na Assembleia da República, assinada por 8797 pessoas a pedir a colocação de mais médicos em Ourém, Anabela Pereira, considera “inaceitável” o que se passa no concelho. “Tínhamos quase metade dos utentes da UCSP e da USF Auren sem médicos de família. Com as saídas registadas este mês serão perto de 80%”, alerta a peticionária, frisando que há várias extensões de saúde “sem médico”.
A petição, intitulada “Por médicos de família no Centro de Saúde de Ourém e nos seus pólos [extensões de saúde]”, foi entregue ao vice-presidente da Assembleia da República e vai agora ser discutida na comissão de saúde e depois em sessão plenária. O JORNAL DE LEIRIA pediu esclarecimentos à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, mas não obteve resposta.
