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Home Viver

Maciço. Uma tonelada de barro a ligar o diálogo entre a dança e a câmara

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Maio 6, 2023
em Viver
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Maciço. Uma tonelada de barro a ligar o diálogo entre a dança e a câmara
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Maciço inspira-se no cenário das serras de Aire e Candeeiros, e nas estórias que os artistas lá encontraram em residência artística, para reflectir sobre o vínculo entre a Humanidade e a Natureza.

Todo o processo de criação do espectáculo está registado em vídeo por Rafael Almeida e o realizador identifica a subida à Fórnea (em Porto de Mós) como o lugar e o momento em que o equipamento tecnológico deixou de ser um género de intruso para se tornar mais um intérprete no elenco.

“Quando chegámos à gruta, aquele elemento já estava tão ligado a tudo que já não era estranho, já fazia parte”.

A nova performance transdisciplinar da companhia Corpo, em que a dança estabelece diálogos com o barro e com a linguagem audiovisual, é apresentada pela primeira vez em Leiria no sábado, 6 de Maio, pelas 21:30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva.

O documentário, o vídeo-dança e as imagens exibidas em palco procuram responder ao mesmo desafio: “Como filmar algo que é tão grandioso?”

“Este projecto transformou-me, se calhar, na minha forma de ver a Natureza”, concede Rafael Almeida. “Para todas as pessoas que participaram nele penso que foi muito poderoso”.

A câmara, segundo o realizador, contribui para levar “imageticamente e concretamente a serra para o espectáculo”, em que participam os ceramistas Carlos Neto e Ana Lousada, da Casa da Olaria, que, em Maciço – Estórias em Corpo Vivo Esculpidas por Gentes, se assumem matéria-prima. O corpo manipula o barro e a dança manipula o corpo.

“Acreditamos que é impossível ficar indiferente a uma peça tão maciça, profunda e intensa, que transporta a todos para um lugar comum e íntimo”, comenta a coreógrafa Rute Vitorino, que além de ter coordenado o processo criativo também participa como bailarina, numa produção da Associação Dança Leiria que pretende expressar “a plasticidade da vida e a necessidade do regresso à matriz”, bem como “a riqueza da diversidade e da interligação, humana, natural e artística”.

Para o efeito, a única companhia profissional inclusiva de Leiria precisou de uma tonelada de barro, o que se revelou um pesadelo logístico de transporte, acondicionamento e limpeza, e obrigou a mudar três vezes de sala de ensaios de modo a não condicionar a restante actividade a decorrer nas instalações da Associação Dança Leiria.

Maciço tem financiamento da Rede Cultura ganho através de concurso e conta com Ana Lousada e Carlos Neto e com os bailarinos Beatriz Pereira, Clara Marchana, Júlio Benfica e Patrícia Roda.

“Nunca saberemos se será um elemento transformador do público, mas na nossa perspectiva, é difícil ficar indiferente ao seu peso ou não se deixar envolver na sua ambiência quase mística. O público é convidado a descobrir uma nova perspectiva sobre o chão comum que a serra nos oferece”, assinala a responsável pela direcção artística, Marina Oliveira.

“Mais que um espectáculo de dança, prefiro pensar em Maciço como um poema em movimento, como imagens que se sucedem. Cada vez que vejo o trabalho, descubro algo novo. No momento da estreia consegui ver algo novo num momento específico da peça, uma imagem poderosa que materializava aquilo que eu tinha acabado de dizer à equipa antes de entrar em cena – o Maciço somos nós. Somos chão e ponte uns dos outros”. 

Depois de estrear em Alcanena, no mês de Março, Maciço vai a palco em Leiria, neste sábado, com bilhete a oito euros.

“É impossivel ficar indiferente a uma peça tão maciça, profunda e intensa”
 
JORNAL DE LEIRIA – Acreditam que Maciço pode desencadear ou acelera alguma transformação?

Rute Vitorino, coreógrafa e bailarina – Acreditamos que é impossivel ficar indiferente a uma peça tão maciça, profunda e intensa, que transporta a todos para um lugar comun e intimo.

 
Marina de Oliveira, direcção artística – Acredito que as disciplinas artísticas têm um poder transformador no público, no entanto não acho que seja mensurável ou imediato, a não ser em situações muito específicas. Nunca saberemos se Maciço será um elemento transformador do público, mas na nossa perspectiva, é difícil ficar indiferente ao seu peso ou não se deixar envolver na sua ambiência quase mística. Em Maciço, o público é convidado a descobrir uma nova perspectiva sobre o chão comum que a serra nos oferece.
 
JORNAL DE LEIRIA – Que mensagem esperam que o público leve para casa?
 
Rute Vitorino – A plasticidade da vida e a necessidade do regresso à matriz. A riqueza da diversidade e da interligação, humana, natural e artística.
 
Marina de Oliveira, direcção artística – O trabalho é muito aberto, tem muitas leituras possíveis. Por um lado toca em certos aspectos do folclore enraizados na nossa identidade colectiva, de forma contemporânea. Por outro, temos a dimensão tecnológica que o vídeo do Rafael Almeida nos traz. Conceptualmente também podemos olhar para ele como uma inversão de papéis: temos dois ceramistas em palco que momentaneamente deixam de ser os manipuladores de barro para se assumirem performers, deixando-se moldar pelos bailarinos da Corpo. Mais que um espectáculo de dança, prefiro pensar em Maciço como um poema em movimento, como imagens que se sucedem. Cada vez que vejo o trabalho, descubro algo novo. No momento da estreia consegui ver algo novo num momento específico da peça, uma imagem poderosa que materializava aquilo que eu tinha acabado de dizer à equipa antes de entrar em cena – o Maciço somos nós. Somos chão e ponte uns dos outros. Maciço representa algo extremamente pesado mas impermanente, frágil, exposto à erosão e transformação contínuas, algo que nos dá matéria prima sem exigir nada em troca. O Maciço Cárisco Estremenho é aparentemente robusto e intocável, mas está disposto a fragmentar-se uma e outra vez para ser barro às nossas mãos. Essa é uma lição de humildade que gostaria que o público conseguisse ler.
Etiquetas: corpodançaLeiriaMaciço
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