– Já não há paciência… para pessoas a destilar frustrações e ódio nas redes sociais, e políticos a confundirem entretenimento com cultura. Cultura essa que nos podia valorizar e fazer-nos evoluir, humanística e intelectualmente, como sociedade.
– Detesto… quando condutores largam beatas de cigarro pelos veículos fora, detesto maldade, racismo, pessoas com a mania da superioridade e a simples valorização das pessoas pela profissão que exercem.
– A ideia… de que a arte poderá trazer o sentido de união e harmonia para a humanidade em geral, a arma perfeita para combater as nossas frustrações. Acredito na arte como valorização individual e convivência em comunidade.
– Questiono-me se… as injustiças, a fome e a pobreza alguma vez terão um fim…
– Adoro… ouvir música com tempo e dedicação exclusiva. Ouvir música tanto pode servir de introspecção, relaxamento, contemplação e, ao mesmo tempo, de um processo de desenvolvimento intelectual.
– Lembro-me tantas vezes… da viagem que fiz à Irlanda e o impacto que aquela ilha provocou em mim. Também me lembro muitas vezes que ainda não fui aos Açores! (mas está quase).
– Desejo secretamente… que o tempo voltasse atrás e que de alguma forma pudesse ter sido amigo do Scott Walker, conviver com ele nos acasos da vida normal do ser humano, e até ter gravado umas guitarras nos discos dele, e porque desejar não custa, ter produzido um álbum meu!
– Tenho saudades… de ter tempo exclusivo (nunca tive) para me dedicar à composição musical, de ir para o campo de milho que os meus pais e os meus avós semeavam quando eu era criança. Observar os circuitos de rega rústicos (que pareciam magia) que a minha mãe fazia. Ficar à sombra de uma árvore com o meu irmão, e fugirmos para o rio Arunca, onde encontrávamos peixes, insetos diferentes e lugares novos.
– O medo que tive… de desiludir os meus pais, ao longo da vida com as minhas decisões “profissionais”, que, apesar de toda a minha rebeldia, acho que no final de contas acabei a ser compreendido.
– Sinto vergonha alheia… quando observo violência física ou verbal na rua.
– O futuro… para mim está muito ligado ao presente, pois é o presente que o constrói, com ou sem plano traçado. Acredito sempre num futuro melhor todos os dias antes de adormecer, na ideia de que ao acordar na manhã seguinte é que vai ser bom, e com isso contagiar os que me são próximos!
– Se eu encontrar… a solução para resolver a situação catastrófica da TAP e definir de uma vez por todas o local do novo aeroporto, sois os primeiros a saber para publicarem neste jornal.
– Prometo… reunir o maior dos esforços para ser um filho presente quando os meus pais forem mais velhinhos, pois merecem o melhor que há em mim. Devo-lhes a vida, que levo em constante aventura, muitas das vezes desconectada do que o “sistema” nos diz para fazer. E isso acredito que lhes custe mais do que à maioria dos pais.
– Tenho orgulho… no esforço da geração dos meus pais (com eles inclusive, claro), em especial na minha mãe, que, apesar de todas as peripécias com a saúde, continua a mais forte e corajosa de todos cá em casa.