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A cada autor, é atribuído um módulo, aproximadamente com dois metros por dois.
Com menos de metade dos espaços disponíveis, o cinzento do betão já começa a desaparecer debaixo das intervenções de pintura mural, perto da Torre, no concelho da Batalha.
Localizado na Sobreirinha, sob o IC9, estrada que liga Nazaré e Tomar, o Túnel da Torre é uma nova galeria em espaço público dinamizada pelo projecto Aldeia Pintada. Está aberto a todos que o queiram usar ou visitar e, segundo a organização, “surge para promover a partilha” e “a exploração da pintura mural”.
O mais importante “não é o talento ou a técnica”, assinala Diogo Monteiro, nome artístico Tenório, um dos mentores do projecto Aldeia Pintada. “É a inquietação de querer pintar”.
Na primeira Jam da Torre, realizada no domingo, 2 de Abril, alguns habitantes da Torre juntaram-se aos artistas que responderam à convocatória nas redes sociais. “Houve malta que acabou por se entusiasmar e participar”, conta Diogo Monteiro. “Ficámos muito contentes”.
O resultado é uma galeria “drive in” com obras que se podem observar sem sair do carro e que, por outro lado, vão constituir “uma surpresa” para os utilizadores do percurso pedestre que atravessa o túnel.
“Há obras que ainda estão incompletas”, explica Diogo Monteiro. A iniciativa é “uma oportunidade” para agregar, fora do online e das redes digitais, pessoas “com vontade de pintar” e “partilhar ideias”.
Por estar localizado longe de casas, numa zona isolada, o Túnel da Torre dá liberdade aos artistas e a intervenção “não choca a aldeia”, conclui.
No total, são 38 módulos em betão, cada qual com dois metros por dois – e 22 já se encontram ocupados.
“A ideia é ir reciclando, pintar por cima”, comenta Diogo Monteiro.
Até à data, participaram Guilherme Frio, Evil Charlote, LuLu Bobo, Mando Marie, Sara G Silva, Stencil Fartz, Bruno Gallini, Tenório, Cláudia Pena, Paper View Books, Ventafurada, João Gonçalo Lopes + Li Wang, Joana Ray, Artur Vieira, César e os irmãos Igor G., Isis G., Ivan G. e Iara G..
