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Cinema | Vem, que eu amanho-te

Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria por Nuno Granja, presidente da ecO - Associação Cultural de Leiria
Setembro 29, 2022
em Opinião
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Cinema | Vem, que eu amanho-te
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Consta que esta é uma coluna sobre cinema. Pelo que me dizem, é inquestionavelmente de bom tom, quem sabe até fizesse parte de um livro de estilo (se ele existisse), não deixar passar em claro a morte de Godard. Um bocadinho ao jeito de um canal de televisão que se depare com o falecimento de uma monarca e não tenha como não embarcar no espetáculo da repetição e escardinchanço dos pormenores mais recônditos da vida (e morte) da defunta – só que sem os dias de luto nacional. Felizes os que, à maneira de jornalistas bem preparados, tinham já um pomposo obituário alinhavado. Não é o caso, por isso poupo nos adjetivos e nas frases emblemáticas e vou direto ao assunto: “le roi est mort, vive le roi”.

Arrumada que fica esta questão, continuo (por coincidência ou não) em modo galicista. Viens, je t’emmène é – além de título de uma canção francesa do final dos anos 70 – o filme de Alain Guiraudie a que couberam honras de abertura da secção Panorama da Berlinale deste ano. Por cá passou no Queer Lisboa e, tanto quanto consigo apurar, ficou-se por aí, ainda sem título em português e partilhando um despropositado Nobody’s Hero à laia de tradução internacional.

Viens, je t’emmène conta-nos a história de Médéric, um informático de trinta e poucos anos que, ao percorrer a cidade durante o seu jogging, conhece e se apaixona por Isadora, uma prostituta cinquentona que naturalmente resiste aos avanços do jovem, especialmente para não despoletar a ira do seu ciumento e violento marido. Quando, eventualmente, combinam um encontro no Hotel de France, são surpreendidos em pleno ato sexual pela notícia de um atentado terrorista em Clermont-Ferrand, cidade que acolhe este enredo.

Suspeita-se de motivações islamitas e consta que pelo menos um dos terroristas andará a monte. A trama adensa-se quando Médéric, ao regressar a casa, encontra Sélim, um jovem sem-abrigo de origem árabe, que acaba por se abrigar na entrada do seu prédio. Daí em diante, Viens, je t’emmène revela-se uma negra comédia de costumes, bem à francesa, repleta de ironia e cinismo.

Sempre em tom mais ou menos ligeiro, Guiraudie não deixa de pôr o dedo na ferida de diversas questões sociais, sem, no entanto, assumir claramente uma postura crítica ou direcionada (aqui sim, adivinham-se influências do cinema de Godard – que à segunda vez que é referido neste texto é-o de forma contextualizada e sem pressões mediáticas).

Transversal ao desenrolar da ação, existe uma omnipresente inquietação com a sexualidade, as questões de género e de identidade sexual, o que, face ao autor do filme, não é surpreendente.

No final fica a sensação de alguma falta de construção ou excessiva caricatura das personagens, talvez mesmo de uma ausência de rumo no argumento, mas o bom cinema também é feito de deriva, e a viagem é sempre mais importante que o destino.

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