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Home Sociedade

Sapadores de Leiria são única resposta para sismos e matérias perigosas

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Março 30, 2023
em Sociedade
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Sapadores de Leiria são única resposta para sismos e matérias perigosas
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Apesar dos fogos florestais serem as ocorrências mais mediáticas, o dia-a-dia dos bombeiros passa por responder a solicitações pré-hospitalares de emergência, desencarceramento em acidentes e até resgate de animais.

Um gato em cima de uma árvore, um cão ameaçador na rua ou algum animal ferido estão na lista de afazeres dos conhecidos soldados da paz, assim como entrar numa casa porque as chaves ficaram lá dentro ou alguém que ficou preso na varanda durante as limpezas.

A Companhia de Bombeiros Sapadores de Leiria, o corpo profissional da protecção civil na região, comemora 130 anos no próximo sábado, dia 1 de Abril. Parece mentira, mas antes dessa altura, em 1850, um grande incêndio foi combatido em Leiria com cântaros, pagos pela câmara, que suportou uma despesa de 3.450 reais.

A necessidade de estar preparado para fogos foi percepcionada pelo executivo da época que mandou fazer mais seis escadas e adquirir seis machados, seis picaretas, quatro codas de linho e 50 cântaros de barro. Em 1863, o vice-presidente da autarquia “fez ver a necessidade e conveniência pública em adquirir uma ou duas bombas para acudir aos incêndios”.

Cerca de dez anos depois inicia-se o processo de organizar uma associação com o título de Associação de Bombeiros Voluntários de Leiria.

Cristiano Shurmann, pasteleiro com alguns conhecimentos de actividade de bombeiro, ofereceu-se para “tomar conta do material existente”.

A 10 de Outubro de 1916, a Associação de Bombeiros Voluntários de Leiria solicitou que os seus serviços fossem municipalizados e a 1 de Abril de 1940, dá-se a mudança para Bombeiros Municipais de Leiria, designação que viria a ser alterada em Junho de 2007.

Esta companhia é caso único no País, já que começou por ser um serviço camarário, passando o material para a alçada de uma associação, que voltou, quase 50 anos depois, para a responsabilidade do município.

Cento e trinta anos depois, a evolução é, obviamente, enorme. Os 60 elementos profissionais têm formação contínua, equipamento de protecção individual, veículos cada vez melhor preparados, quer para combater incêndios urbanos ou florestais quer para responder a acidentes ou a emergência pré-hospitalar. Os Sapadores de Bombeiros têm-se vindo a especializar em diversas áreas e, além de terem equipas de busca e salvamento aquático – 16 elementos – são o único corpo do distrito de Leiria com um atrelado BREC – Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas e com a valência de maté- rias perigosas. Possuem também material que lhes permite elevar viaturas até 2.500 quilos.

“Se houver um terramoto em Lisboa, somos a referência para apoio”, adianta o bombeiro Nuno Narciso. Este Verão, foram os Sapadores que recuperaram uma pessoa já cadáver na Lagoa da Ervedeira, em Leiria, e uma vítima mortal, na Ilha, em Pombal, que terá caído na lagoa de uma pedreira. Os Sapadores estão ainda a trabalhar num projecto para criarem um grupo cinotécnico de Busca e Salvamento, por iniciativa de um bombeiro, com o apoio da autarquia.

Partilhar equipamento José Rito, comandante interino dos Sapadores, é um dos graduados mais antigos do corpo de bombeiros. Está na corporação há 36 anos e confessa que a evolução dos tempos tem sido “brutal” e que a companhia tem-na acompanhado. “A essência é a mesma, mas a formação e a mentalidade da sociedade para a protecção civil são muito diferentes”, assume.

Quando entrou para os bombeiros, os capacetes, as botas e os ARICA (aparelho respiratório) eram partilhados pelas equipas. “Os carros não davam a velocidade dos actuais e havia muito trabalho manual. Para retirar a água das bombas era à manivela”, exemplifica. Nuno Jordão, bombeiro há 26 anos, confirma.

José Rito admite que os operacionais são sempre poucos para as exigências, mas a autarquia “está atenta” aos recursos humanos, assim como ao parque automóvel.

O veículo destruído no fogo do Pinhal de Leiria foi substituído quase de imediato e em breve chegará mais um novo reforço para a frota. “Os equipamentos de protecção individual também foram uma evolução significativa. Um bom equipamento dá garantias de êxito de uma missão”, afirma, reconhecendo o investimento que é necessário, uma vez que cada fato completo custa entre 800 e 1000 euros.

Entre as chamas e a Covid

Os incêndios de 2017 e de 2022 e a pandemia da Covid-19 foram os maiores desafios dos últimos tempos para os operacionais. “O incêndio de Outubro de 2017 foi um susto muito grande. Uma equipa ficou perdida com o fumo e as chamas, em Ninho de Água, e os bombeiros só tiveram tempo de fugir do carro, quando este entrou numa vala”, recorda José Rito.

O comandante acrescenta que alguns bombeiros sofreram queimaduras graves, não provocadas pelas chamas, mas pelas altas temperaturas no local e pela fricção a que foram sujeitos durante a fuga. Também no Verão do ano passado, quase todos os veículos dos Sapadores estiveram a combater as chamas nos diferentes pontos do concelho e a dar apoio a outras coorporações.

José Rito sublinha, contudo, que a “cidade esteve sempre protegida para o fogo urbano e desencarceramento”, ficando dois carros no quartel.

Gonçalo Esteves, 32 anos, e Paulo Godinho, 27 anos, são os ele- mentos que entraram na última recruta. Técnico de emergência médica e formador do INEM, o primeiro está ligado aos bombeiros de Porto de Mós desde 2005. O desafio do profissionalismo fê-lo concorrer aos Sapadores de Leiria. A área médica é a que mais gosta, mas já esteve em vários teatros de operações. No seu dia-a-dia já teve de enfrentar várias vezes a morte de pacientes. É na família dos bombeiros que foi encontrando o apoio que necessita.

“Foi mais difícil ao início. Com o tempo vamos encontrando mecanismos internos para lidar com isso”, confessa, ao revelar a última vida que ajudou a salvar.

“Não estava sequer escalado, mas houve uma chamada à hora do almoço para uma obstrução da via aérea de uma pessoa com 80 anos, no Arrabal. Quando cheguei, o senhor estava em respiração agónica, desencadeámos o suporte básico de vida com DAE [desfibrilhador automático externo] e rever temos a situação”, conta, com os olhos a brilhar de satisfação.

“Os incêndios florestais fogem mais do nosso controlo”, constata Paulo Godinho, cujo pai já era bombeiro. O operacional acrescenta que, “por mais técnicas e métodos que existam, o fogo é imprevisível, o que se agravou com as condições climáticas”.

Entre muitas histórias que tem passado, Paulo Godinho relata a de um paciente que fugiu. “Fomos chamados para uma intoxicação etílica. Quando chegámos ao local, abordámos a vítima e convencemo-la, com alguma dificuldade, a acompanhar-nos ao hospital. No caminho quis sair com a ambulância em movimento, mas lá o acalmámos. Estava numa cadeira de rodas enquanto eu fazia a inscrição no hospital e de repente pôs-se a correr e fugiu”.

José Rito revela que a pandemia e o “desconhecido” da altura foram momentos “difíceis” em que os bombeiros estiveram sempre presentes. Desde a desinfeção de lares e escolas ao transporte de doentes infectados. “Recebíamos a toda a hora telefonemas de pessoas, algumas a chorar: ‘Por favor, venha buscar a minha mãe ou a minha tia’, eram chamadas típicas”, recorda o comandante, que admite o receio que teve da pandemia entrar em força no quartel e torná-los inoperacionais. “Felizmente isso nunca aconteceu.” 

Parto na auto-estrada
Nuno Jordão e Rui João têm na sua experiência a realização de partos, situação anómala, como dizem, mas que encaram com naturalidade. “Fomos chamados para um parto numa casa na Praça Rodrigues Lobo e quando chegámos, o bebé já tinha saído. Tivemos de fazer a limpeza e deixámos o pai cortar o cordão umbilical”, recordam. Outra parturiente foi enviada de Leiria para Coimbra, pelo seu obstetra assistente, mas não conseguiu chegar. Ainda na A1 encostou e foram os bombeiros que lhe fizeram o parto na ambulância. “É sempre uma grande preocupação. Só ficamos descansados quando o bebé e a mãe chegam ao hospital e está tudo bem”, admite Rui João.
Etiquetas: aniversárioBombeiros sapadoresBRECbusca e salvamentofogosIncêndiosLeiriasegurançasismosociedadeterramoto
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