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Home Opinião

Dicionário improvisado (VIII)

Paulo Kellerman, escritor por Paulo Kellerman, escritor
Agosto 18, 2022
em Opinião
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Confiança
A confiança é uma construção lógica ou um instinto? Uma vontade ou uma inevitabilidade?

Confias em mim porque decidiste confiar ou porque és incapaz de não confiar?

Conhecimento
Conhecer alguém será apenas um acto de imaginação?

Dor
Ainda não sabe que apenas se pode imaginar ou sonhar que se consegue fugir à dor.

Não se foge: imagina-se ou sonha-se que se foge. E por vezes o que se imagina ou sonha quase parece realidade.

Fantasia
1. A realidade é banal. Como fugir a essa banalidade?
2. Uma possibilidade de fuga é o refúgio na fantasia.
3. Mas qual é a origem das fantasias? E se as fantasias forem espelhos da realidade?
4. A fantasia é banal. Como fugir a essa banalidade?

Fracasso
Passar a vida a ser espelho, quando se devia ser janela. Ou passar a vida a ser espelho, quando se devia ser janela?

Nuvem
Os dois idosos estão sentados num banco de jardim, de olhares fixos no vazio e em silêncio.

Um deles talvez esteja quase a adormecer quando o outro pergunta: estás a ver aquela nuvem ali, a mais comprida? (Afinal não estava a olhar o vazio.)

O outro idoso olha preguiçosamente, sem interesse, e acena com a cabeça. (Não se entusiasma com nuvens.) Acho que já a vi, uma vez; há uns quarenta anos, ou mais; sim, foi esta que vi, de certeza.

Conta o idoso enquanto olha a nuvem que vai desaparecendo de vista. O outro responde: isso significa que a nuvem demorou quarenta anos a dar a volta ao mundo. Ficam em silêncio durante alguns segundos.

Depois, riem em simultâneo, partilhando uma gargalhada que demora quase tanto tempo a dissipar-se como a nuvem a desaparecer.

Revelação
Lembram-se de quando eu era garoto e me levavam ao parque? Andava por ali meio perdido, nos baloiços e escorregas, a imitar os outros garotos, perguntando-me quando é que começaria a sentir-me excitado e feliz.

E vocês sempre à minha volta, cada um com a sua máquina: fotografavam-me; e isso espantava-me um pouco, no princípio até me sentia especial.

Mas depois comecei a estranhar, a perguntar para que serviriam tantas fotografias.

Não conversavam comigo, em vez disso tiravam-me fotografias; depois, comparavam-nas e discutiam-nas, enquanto eu continuava nos baloiços à espera que me chamassem.

Como se as malditas fotografias falassem por mim, representando-me. Lembram-se?

Nunca me mostravam as fotos, nunca me pediam opinião; as minhas fotografias eram um assunto exclusivamente vosso.

Falavam sobre as minhas fotos e sobre mim, mas nunca falavam comigo.

Digam-me: as fotografias alguma vez vos responderam? Revelaram-me?

Sopro
À mistura de cicatrizes, vazio e indiferença que o tempo deixa atrás de si chamamos memória.

É esse o rasto do tempo, para o qual precisamos olhar quando nos queremos situar.

Mas depois vem uma brisa, e o rasto confunde-se, atenua-se, dissipa-se; nem sequer é necessária uma tempestade, basta um leve sopro.

Se a memória é feita de areia, porque a encaramos como se fosse uma rocha?

Etiquetas: opiniãoPaulo Kellerman
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