– Já não há paciência… para os coaches de lifestyle e gurus espirituais nas redes sociais. É incrível como tanta gente acredita ter sabedoria e moral para dar conselhos de vida.
– Detesto… caixas de comentários. É clicar no “ver mais” e acabar por ver mais do que queria. A intolerância faz-me perder a fé na humanidade.
– A ideia… é passar pelo mundo e ser feliz, certo? Não perco tempo a pensar em legados e em deixar a minha marca na história. Prezo muito o meu anonimato e tento aplicar o motto “do no harm, but take no shit”.
– Questiono-me se… devemos continuar a popular o mundo com todos os males que aqui andam. O fosso entre ricos e pobres a aumentar, as alterações climáticas cada vez mais notórias e a falta de empatia em todo o lado fazem-me pensar em laqueações de trompas e vasectomias para todos.
– Adoro… chegar a Leiria e ter amigos com quem ir beber uma (brincalhona!) aos Filipes. Tenho a sorte de ter os melhores amigos do mundo. Eles são a prova de que as relações à distância podem funcionar.
– Lembro-me tantas vezes… de quando me sentava a ver o Popeye à frente de um prato de comida cortada em pedacinhos com a única preocupação de ter sobremesa ou não.
– Desejo secretamente… praticar atos de violência extrema contra pessoas que aplaudem quando o avião aterra ou que passam à frente dos outros na fila.
– Tenho saudades… de quando as conversas de bar eram sobre os preços de discos e entradas para festivais e não sobre quem merece (ou não) os subsídios do governo.
– O medo que tive… já não tenho. Das melhores coisas que a idade outorga.
– Sinto vergonha alheia… quando vejo alguém cuspir para o chão. É uma modalidade muito apreciada pelos jogadores de futebol, o que acaba por legitimar a nojeira para os comuns mortais. Curiosamente, é o único desporto em que vejo isto a acontecer.
– O futuro… é incerto? São as crianças? Vou só ali mandar uma DM ao meu guia espiritual e já volto para te contar.
– Se eu encontrar… a Gertrude Stein no mais além, vou-lhe agradecer a oportunidade de ter comido um croissant na campa dela no último verão. Dois dedos de conversa (unidirecional) e massa folhada que marcaram o meu ano.
– Prometo… não fazer promessas para 2023. Dizem os estudos que 80% das resoluções de ano novo já foram abandonadas em fevereiro. Prometo não ser parte dessa estatística.
– Tenho orgulho… em mim. Já dizia Calvin Cordozar Broadus Jr.: “I wanna thank me for believing in me”. Como não ter orgulho em alguém que cita Snoop Dogg no Jornal de Leiria? Classe.