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Letras | Gramática da Fantasia | Tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica a ver!

Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora por Patrícia Martins, mediadora cultural e artística, escritora e investigadora
Abril 19, 2022
em Opinião
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Letras | Gramática da Fantasia | Tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica a ver!
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Não posso negar que nos últimos dias não tenho grande vontade de sorrir… Acho de um egoísmo ou mesmo frivolidade atroz andar por aí a sorrir para um mundo onde impera esta tremenda “falta de chá”… Não estou a pensar em mim, nas minhas coisas comezinhas do dia a dia… na minha vida mais ou menos normal, uns dias interessante outras bem banal. Não consigo sequer achar justo que durmamos todos de noite, que as nossas vidas continuem, que saiamos para o ginásio ou para o jogging, que brinquemos, vamos de férias de páscoa ou ao shopping e compremos as tendências da estação seja em moda ou decoração.

Não me é inteligível entender como setenta e sete anos volvidos sobre o fim do hediondo holocausto, 73 de uma declaração universal que ratifica um conjunto de direitos humanos, o mundo ocidental se deite à noite e durma tranquilo a ouvir uma musiquinha ou a ler ociosamente um livro…mea culpa que ando a ler A Vida Contada por Um Sapiens a um Neanderthal (Presença)… quando consigo e não me fogem os olhos para qualquer canal de notícias. Ainda que consiga ver a beleza das flores a sorrir à primavera, a buganvília a tingir-se de vermelho, e dos chilreios dos passarinhos nestes dias que aquecem, ou nos carreiros das águas de março e de abril, não consigo, e lamento, encontrar motivos para sorrir, não consigo apreciar as coisas simples, inspirar-me… ouvir os meus Arcade Fire no carro com o volume no máximo, num déjà vu do “deixem-me sair daqui” dos Mão Morta.

No Livro do Chá (Alma dos Livros) que também li recentemente, incoerente e culpada por me abstrair por momentos dos pensamentos e factos hediondos que nos assolam as águas de março e abril, fala o autor de que a sensibilidade e a estética dão sentido à vida dando ênfase à simplicidade daquilo que é verdadeiramente belo… E o verdadeiramente belo podem ser as flores, e os livros, e os encontros e a partilha e os afetos, e a música e as artes, o contar de histórias, o deixar fluir a imaginação, os encontros intergeracionais, os folares e os mimos…as palavras bonitas de empatia e motivação…os almoços partilhados e os momentos de cumplicidade. Mas desculpem não consigo achar legítimo sentir a completude dessa beleza, egoísticamente nestes dias improváveis que vivemos hoje…

Tudo o que possamos fazer hoje a construir laços e a brincar aos momentos bonitos e felizes soará demagógico e de uma tremenda falta de empatia, não com quem está connosco, mas com os outros, os iguais a nós e que estão em agonia.

Lamento não ser suficientemente eloquente para entender ou aceitar serenamente, como podem os decisores em quem votámos numa atitude utópica de cidadania democrática, dormir de noite e deixar pessoas como nós ser dizimadas em devaneios de barbárie e continuamos todos no quentinho dos lençóis, confortados pelo chá de camomila ou valeriana.

Diz um outdoor na cidade: “só faz guerra, quem não sabe fazer amor !”… e digo eu que se há por aí um brutamontes que não deve sequer saber o que são preliminares , muitos há os que nem tintins têm para lhe ensinar… Já dizia a minha avó que Deus tem, e que tanto bebia vinho como chá de cidreira… Tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica a ver ! …

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