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Home Opinião

Some Things Never Change

Ricardo Graça, fotojornalista por Ricardo Graça, fotojornalista
Março 6, 2022
em Opinião
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Depois de 3.500 km de asfalto, aventuras, pedidos, cansaço, variações de pão com coisas e outras preocupações, estou nos arredores de Tiszabecs, fronteira da Hungria com a Ucrânia. À saída da guerra. Aqui, qualquer pessoa com coração tem-no apertado.  Ver crianças a fugir de casa, o desespero das mães, as senhoras mais velhas a carregarem a sua vida nos trolleys, sentir a dor de um camarada ucraniano ao assistir impotente a isto tudo, perceber os esquemas oportunistas em acção, ver a solidariedade a acontecer, se fores vagamente humano, faz doer. Mas isso vocês conseguem imaginar. 

Acontece que somos, nesta caravana, dois jornalistas, dois ucranianos e duas carrinhas. O Demytro foi nomeado coordenador de toda a operação. Fala português, russo e ucraniano. Gajo porreiro, bem disposto, disponível e com um único objectivo nisto tudo, ajudar as pessoas. O outro, a quem chamo de Donetsk porque, para além de ser de lá, a minha língua não tem ginástica para pronunciar seu nome de baptismo, só sabe russo. Vem buscar a mulher e o filho à fronteira. Uma história do caraças.  

É curioso como o mundo pode estar a desabar mas certas coisas permanecerem inalteráveis. Fizemos uma parte do trajecto sozinhos numa das carrinhas e hoje de manhã fomos os dois comprar cigarros. Por estranho que pareça, eu não falo russo. Ele não pesca nada de português mas comunicamos. Como? Como quaisquer dois tipos que não partilham uma única palavra de língua alguma, falando cada um o seu dialecto na esperança que o outro por milagre o entenda. 

Acompanhando com um pictionary de mímica fajuto, um pronunciar mais lento das palavras e, por vezes, um aumento considerável de volume. A verdade é que sinto o Donetsk como meu amigo para sempre, mesmo que nunca mais o veja, mesmo que nunca conversemos sobre coisa alguma. E aposto um dos meus três tomates em como ele sente o mesmo. Será da guerra? De estarmos mais sensíveis? Cansados? Talvez. Ou talvez seja empatia, essa coisa linda que nos torna humanos, em qualquer parte do mundo, em qualquer idioma – HUUUUMMMMAAAAANNOOOOOSSS!

Etiquetas: opiniãorefugiadosricardo graçaucrânia
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