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Home Saúde

Equipa psiquiátrica de Leiria leva boa disposição e evita idas às urgências

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Outubro 10, 2022
em Saúde
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Equipa psiquiátrica de Leiria leva boa disposição e evita idas às urgências
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Uma médica e um enfermeiro dirigiram-se hoje a casa de uma paciente para avaliar o seu estado mental, cujas melhorias foram recebidas pela equipa do projecto Psiquiatria Comunitária PsiCom com grande alegria e incentivos.

No âmbito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala hoje, o JORNAL DE LEIRIA acompanhou Carolina Almeida, médica psiquiatra, e António Mota, enfermeiro psiquiátrico, do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospital de Leiria, numa visita a uma idosa que sofre de doença mental grave.

Faltavam poucos minutos para as 10 horas, quando a equipa tocou à campainha de R. Foram recebidos com satisfação, a mesma que demonstraram de imediato à utente, sobretudo, no momento em que se levantou e evidenciou uma mobilidade com melhoras evidentes.

“Já viu que anda melhor? Tem essa percepção? Isso é fantástico”, disse António Mota, mostrando à idosa os progressos alcançados.

R. confessou à médica que sente menos dores, dorme um bocadito melhor com os comprimidos e já sente fome para ir ao frigorifico petiscar alguma coisa.

“Quando tomo os comprimidos adormeço mais facilmente”, contou, confessando que nem sempre os toma, porque tenta dormir sem eles.

“Ainda bem que não fez nada do que lhe disse”, brincou Carolina Almeida, explicando à doente que “as pessoas receiam ficar dependentes de medicamentos para dormir”, mas os que prescreveu não têm esse efeito.

Ao contrário das consultas, onde o tempo está contado para que todos os doentes possam ser atendidos dentro do horário previsto, nas visitas comunitárias não há tempo determinado. A conversa vai fluindo e o objectivo dos profissionais de saúde é perceberem a condição de saúde actual da pessoa, aconselhá-la a mudar determinados comportamentos e festejar as conquistas alcançadas.

“Estas equipas têm mudado a vida dos doentes. Vão menos vezes às urgências e há menos reinternamentos”, revelou Carolina Almeida, ao reconhecer que o “futuro da psiquiatria é o trabalho descentralizado voltado para a comunidade”. “Poder intervir o mais rápido possível nas crises” é uma mais-valia.

“Já tinha um sorriso bonito, mas agora tem brilho. Tem de sair de casa e começar a pensar a fazer refeições. Está em ponto rebuçado para começar a fazer as suas coisas. Agora há que começar a planear o dia seguinte e as refeições, porque são operações mentais fixes”, disse-lhe o enfermeiro, sempre com um sorriso nos lábios.

O projecto Psiquiatria Comunitária PsiCom nasceu em 2018 e incide em três vertentes: intervenção em crise, consultas domiciliárias e multidisciplinares e consultadoria psiquiátrica com os centros de saúde. Foram milhares os quilómetros já percorridos, pelas diferentes equipas que integram o projecto, que tem a mesma área de influência do CHL: desde o concelho de Pombal a Pombal, no distrito de Leiria, integrando Ourém, no distrito de Santarém.

Os profissionais de saúde intervêm não só no aspecto médico, mas também na área social, desafiando o doente a sair de casa, a ser autónomo e a fazer o seu dia-a-dia e actividades que lhe dão prazer.

Segundo António Mota, a intervenção no seu ambiente permite uma abordagem diferente com ganhos. “Vê-se na medição da tensão arterial. Às vezes altere só porque se está no hospital”, exemplificou.

O Psicom prevê ainda adoptar o programa de acompanhamento por um terapeuta de referência, mas esta medida ainda não funciona por falta de recursos, adiantou o director da Psiquiatria, Cláudio Laureano.

“Este programa está orientado para as necessidades do doente, favorecendo o retorno a uma vida o mais normal possível, longe do internamento hospitalar”, explicou.

As patologias mais comuns dos doentes que são acompanhados no âmbito do Psicom são, “sobretudo, psicoses (esquizofrenia, perturbações delirantes), perturbações afetivas bipolares e perturbações personalidade grave (dados empíricos)”, afirmou Cláudio Laureano.

António Mota alerta para o estigma que ainda existe e que leva a que muitos casos cheguem à Psiquiatria num estado mais grave. “Tivemos um caso de uma pessoa que sofria de esquizofrenia há décadas e nunca tinha procurado ajuda. Na saúde mental e na doença grave, a abordagem o mais cedo possível é fundamental. É preciso pedir ajuda. Uma depressão com mais de um ano pode tornar-se crónica se não for tratada”, advertiu.

Carolina Almeida reforçou, ao lembrar um doente que depois de ser medicado e melhorar a sua condição mental lhe disse que ‘achava que isso era para os fracos e que não precisava de pedir ajuda’, reconhecendo o bem que lhe trouxeram as consultas.

R. confessou que “não tem palavras” para reconhecer o bem que a equipa lhe faz. “É bom ter alguém com quem conversar.”

Etiquetas: centro hospital de Leiriadia mundial da saúde mentalestigmapsicompsiquiatriasaúdesaúde mentalsociedade
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