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Estante

Paulo Sellmayer, designer por Paulo Sellmayer, designer
Dezembro 7, 2021
em Opinião
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Apaguei da memória as lembranças do tempo presente.

Cada época é uma reminiscência individual daquilo que passou, um espaço meio que cheio, meio que vazio.

Uma estante, talvez. Ou uma secretária com várias gavetas e objectos-recordações em cima.

Pelo conhecimento de que depois de um passo vem outro, e outro, tomamos consciência de que o que mais importa não é de todo a sola a tocar no chão.

É a memória de um caminho. É uma estante de livros, onde não sabemos qual ou quais foram os primeiros.

Porque há um nós que nunca conhecemos e que nos apresentou quem somos hoje, sem nos contar a história passada.

Como se a madeira da estante tivesse tido uma viagem, que nunca nos contou. Do seu local de origem, onde a sua árvore foi cortada, passando pelas serrações e carpintarias necessárias à sua transformação.

As estantes não nascem, formam-se de etapas por vários processos transformadores.

As estantes são a estrutura de uma parede feita de livros, das suas lombadas e capas, organizadas à vez, por época, por vontades.

Um papel de parede de títulos e autores, de memórias lidas e desfolhadas, descritas ou contadas, que compramos ou nos oferecem, encontramos ou emprestamos.

E que nos pesa sempre que mudamos de casa.

Uma estante com livros não é só o pano de fundo da nossa existência digital, passada em reuniões de ausência, que nos firma a uma raíz de lugar e nos permite ser além de um alias ou avatar.

É também um labirinto de Borges, onde pode estar tudo o que nos constitui, sem que nunca o encontremos quando desejado.

Há um fôlego no arrumar e organizar esta estante. É a Taxonomia do Ser, por Manguel ou Freud.

Nas categorias de organização encontramos descanso na ordem. As coisas estão no seu lugar, mesmo que por apenas um tempo, um período, uma época.

No calendário da memória, na tradição Cristã, o Natal é o início dos tempos.

O primeiro livro de uma estante feita de tempo.

É também a época de dar e receber, meias, chocolates e, claro está, livros.

Etiquetas: opiniãoPaulo Sellmayer
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