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Home Opinião

Intemporalidade

Rui Pereira, director e programador do Shortcutz Leiria por Rui Pereira, director e programador do Shortcutz Leiria
Novembro 14, 2021
em Opinião
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Lembram-se do Cinema Paraíso? É um filme que certamente é guardado com carinho por grande parte dos amantes de cinema. O filme acompanha o crescimento de Salvatore, desde uma criança curiosa com uma paixão por cinema, até se tornar um adulto pronto a abrir as asas e voar daquela pequena cidade para se tornar ele próprio realizador de cinema. Essa paixão tem uma grande influência do projeccionista do cinema local, Alfredo, que lhe ensina tudo o que sabe sobre História do Cinema. Ao escrever estas palavras, consigo ouvir a música da cena final, onde é exibida uma colagem de beijos censurados de vários filmes. O cinema dentro do cinema. Um clássico intemporal. Mas será assim tão intemporal?

Basta pesquisar no Google “profissões extintas” e qualquer lista apresentada incluirá “projeccionista de cinema” como uma das mais recentes. Recuando até 2008, estavam em cartaz Mamma Mia, Dark Knight, Sweeney Todd, e por aí. Se viste algum destes filmes no cinema, muito provavelmente estaria a ser projectado ainda em 35mm. A projecção de cinema em película requer uma atenção muito cuidada de um projeccionista. Um filme de duas horas pode somar mais de três quilómetros de comprimento de fita, dividida em rolos, projectada em dois projectores alternadamente. É imperativo que o projeccionista faça a troca entre projectores no momento certo para não quebrar a continuidade do filme. O projeccionista tem, assim, a missão de fazer a ilusão acontecer à frente dos nossos olhos, sem que nenhum de nós dê por isso.

Tantos Alfredos viram o seu tempo chegar ao fim nos anos seguintes. Com a estabilização do cinema digital na década de 2010, os filmes em película foram substituídos por hard-drives, e os projeccionistas por… software. Que exibidor precisa de um projeccionista quando o software dá play no filme e apaga as luzes automaticamente na hora agendada? De caminho, também não é preciso bilheteira; agora os bilhetes são vendidos no bar, no mesmo talão das pipocas em promoção. Não sou nenhum purista da película, nem anti tecno-evolução, mas é muito triste ver a temporalidade a acontecer em coisas intemporais. Um obrigado e uma salva de palmas a todos os Alfredos.

Etiquetas: Rui Pereira
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