Restauração é a utilização que a Câmara de Leiria quer dar ao edifídio nascente do mercado municipal, que está desocupado desde a inauguração da ala ponte, em Junho. Na reunião de executico realizada na passada semana, foi aprovada a abertura de uma hasta pública para concessão do edifício, destinado à instalação e exploração de estabelecimento de restauração.
De acordo com a deliberação, a cedência do direito de superfície será por 40 anos, com possibilidade de renovação até aos 50 anos, tendo sido fixado um preço base de quase 4,6 milhões de euros.
Os vereadores do PSD votaram contra por considerarem que a proposta “não é a que melhor defende os interesses do município”. Pela voz de Daniel Marques, os sociais-democratas contestaram o facto de se estar a “condicionar” a utilização de um espaço “central” e “nobre” da cidade por um longo período, “hipotecando o desenvolvimento” daquela zona de Leiria.
“A nossa posição é justificada com a duração do contrato e por este condicionar a actividade do espaço à restauração”, reforçou o vereador da oposição.
Em resposta, o presidente da câmara alegou que, face à dimensão do investimento a fazer pelo privado, estimado em três milhões de euros, será necessário “tempo” para que o mesmo possa ser recuperado. Por outro lado, “a cidade precisa de um espaço de dimensão relevante na área da restauração”, acrescentou Gonçalo Lopes.
Por seu lado, a vereadora do Desenvolvimento Económico explicou que o objectivo é “dar continuidade à requalificação do complexo” do mercado, optando por um sector de actividade “complementar” ao comércio da envolvente e que possa “potenciar as ligações entre os vários operadores”. Catarina Louro sublinhou ainda que, dentro da restauração, o privado terá “liberdade desenvolver o seu conceito”.
A hasta pública para a cedência onerosa do direito de superfície está marcada para o dia 2 de Novembro.