Várias pessoas da Praia da Vieira pediram palavra na última reunião de Câmara da Marinha Grande, solicitando ajuda ao executivo para que este resolva o problema de ruído causado por um bar, que funciona numa cave na Rua da Boavista.
Entre as queixosas estava Marizete Domingues, que alertou para o facto de o bar, “que mais parece uma discoteca”, funcionar debaixo do seu apartamento, imóvel que a proprietária adquiriu e apetrechou para rentabilizar como alojamento local. Sucede que o bar tem horário livre de funcionamento até às 7 horas e como trabalha realmente até esse período, “não deixa ninguém descansar”.
Embora garanta ter [LER_MAIS]preparado as portas e janelas do apartamento para não ouvir o som exterior, a proprietária diz que nada pode fazer quanto ao som que vem debaixo da sua casa, fazendo “vibrar” as paredes. Por causa do ruído, Marizete Domingues diz ter perdido os clientes que tinham reservas feitas para Agosto. A única pessoa que ficou, por um dia, pediu-lhe indemnização, conta a munícipe.
Carla Figueiredo, que também comprou e remodelou um apartamento para arrendar, diz que “é impossível” lá estar. Já Liliana Franco, que adquiriu a casa para descansar, no ano passado, lamenta que este ano lhe tenha calhado este “brinde”. Mesmo usando tampões nos ouvidos, “é horrível”, reclama. Ainda que a GNR “faça o seu papel”, “não pode estar constantemente a vigiar”, entende Liliana, para quem é a câmara quem tem “competência” para agir.
Com o pelouro da Segurança, o vereador António Fragoso disse ter falado com o proprietário, que ficou de insonorizar o espaço e baixar o volume. Mas este não é o único bar que suscita queixas, expôs o autarca.
Aurélio Ferreira, presidente da autarquia, informou que o bar tem licença de utilização, mas não está a cumprir a lei do ruído. Para “minorar” este tipo de problema, a câmara aprovou a alteração ao regulamento dos horários dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços e vai avançar com um regulamento municipal de ruído. O objectivo é ainda subcontratar o serviço de um técnico “idóneo e competente”, que passe a fazer medições de ruídos nos locais.
Actividade também suscita reclamação
Também Alfredo Rodrigues alertou a Câmara da Marinha Grande para o ruído provocado pelo circo, instalado na Praia da Vieira. O munícipe falou sobre o incómodo que é gerado nos moradores das imediações, pela actividade que decorre durante o Verão, “até cerca da meia-noite”. Alertou ainda para os sistemas eléctrico e de limpeza no local, sobre os quais o presidente da autarquia ficou de averiguar