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Home Viver

Arqueólogos desenham retrato da região há 29 milénios no Lapedo

admin por admin
Agosto 20, 2022
em Viver
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Arqueólogos desenham retrato da região há 29 milénios no Lapedo
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No dia 15, segunda-feira, chegou ao fim a última campanha do projecto de investigação “O Abrigo do Lagar Velho e os primeiros humanos do extremo ocidental europeu”, que, desde 2018, levou 15 investigadores à descoberta de vestígios da história humana no vale do Lapedo, Leiria.

Esta é uma das três iniciativas relacionadas com o estudo da ocupação humana da região desenvolvidas em regime de parceria entre a autarquia de Leiria e instituições de ensino.

No Lapedo, a investigação permitiu descobrir muitos vestígios e até uma nova “gruta” que era desconhecida.

Os arqueólogos ainda não sabem a dimensão do novo espaço, mas estão convencidos da probabilidade de ser uma nova “sala”, no abrigo do Lagar Velho, que estava enterrada até agora.

A arqueóloga Ana Cristina Araújo explica que não há data para explorar a nova zona e não sabe o que lá se esconderá, embora admita que o potencial é grande. Agora, contudo, é preciso estudar, analisar e publicar os vários achados realizados desde 2018.

“Sabemos que essa ‘sala’ existe porque se consegue ver bastante lá para dentro, mas, para chegar lá, não se pode, simplesmente, retirar a terra.

Além disso, perante as evidências, teremos de ponderar o que queremos saber, como interviremos e quando o faremos”, explica a investigadora, salientando que, neste momento, já está recolhido um “manancial muito grande”, cujas conclusões, após um “investimento grande em estudos”, serão publicadas ao longo dos próximos anos.

Será, explica, uma tarefa que implicará uma análise realizada em diferentes materiais por vários especialistas. “Ao longo de 2023, deveremos publicar artigos relativos a estas investigações.”

No Lapedo, a investigação permitiu descobrir muitos vestígios e até uma nova “gruta” que era desconhecida. A nova “sala”, no abrigo do Lagar Velho, que estava enterrada 

Se tivesse que escolher os achados mais curiosos dos últimos quatro anos, Ana Cristina Araújo admite que teria muita dificuldade: “tudo para nós é importante. Claro que, desde 2018, há sempre grandes novidades.”

Uma delas é o facto de os investigadores terem concluído que terá havido ocupações contemporâneas do Abrigo do Lagar Velho ao enterramento do Menino do Lapedo, achado que data de Dezembro de 1998 e que catapultou o vale do Lapedo para uma fama mundial, por parecer cimentar a teoria de que duas espécies de humanos modernos – Homo sapiens e Homo neandertalensis – terem coexistido e até se terem miscigenado.

Há 23 anos, considerava-se que a utilização do local como local de enterramento ritual teria sido um “acto isolado”, por volta do momento onde a criança faleceu. Hoje, os arqueólogos sabem que terá sido enterrada no decurso de uma prolongada ocupação humana.

“Há muitos vestígios de fogo e processamento animal, mas temos ainda de reunir toda esta informação e fazer dezenas de análises específicas aos sedimentos, aos ossos ou à composição química. Cada informação daqui retirada, será um ingrediente que tem validade por si, mas que culminará num grande ‘bolo’, que é a interpretação daquilo que aconteceu há 29 mil anos naquele local e que levou àquele enterramento”, sublinha Ana Cristina Araújo.

A colecção de vestígios faunísticos desenterrados no sítio arqueológico também é considerada “única no País”. Foram desenterrados ossos de leopardo, de veado, de antílope, de raposa, de lobo, de javali, de camurça e de outras cabras-selvagens, de cavalo.

A arqueóloga explica que nem todos estes animais foram usados como alimento pelos humanos de então, sendo que o Abrigo do Lagar Velho era isso mesmo, um abrigo, também para outras espécies de animais.

“Havia fauna que vivia ali. Caçava e levava o alimento para o abrigo. O sítio resulta de ocupações sucessivas e tudo aponta para a hipótese de ter havido ocupações muito curtas no tempo e muito especializadas na função.”

Não é só o Abrigo do lagar Velho que apresenta potencialidades arqueológicas.

Sabe-se que todo o Vale do Lapedo apresenta vestígios de ocupação humana e locais que podem ser tão ou mais ricos do que o sítio do enterramento da criança descoberto em 1998.

“Esses locais ficarão para as fases seguintes de estudo. Eu, a Ana Maria Costa e os colegas da Universidade de Barcelona, Monserrat Sanz Borràs e Joan Daura, não somos de andar a esgaravatar em sítios para depois não fazer nada. Somos pessoas responsáveis e preocupadas com o património cultural. O Abrigo do Lagar Velho é um monumento nacional e tudo tem de ser feito com cabeça.”

EcoPlis – Ocupação Humana Plistocénica nos Écotonos do Rio Lis e Paleorescue – O Paleolítico Superior e a Arqueologia Preventiva em Portugal: desafios e oportunidades são os restantes projectos de estudo em curso na região, desde 2018.

Etiquetas: Abrigo do Lagar Velhoarqueologiacamurçacavalodescobertashomo neanderthalensishomo sapienshumanoslagar velhoLapedoLeirialeopardoneanderthalportugalsapiensvale do lapedo
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