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Nestas eleições autárquicas, todos os partidos apresentaram como um tema principal dos seus programas políticos a recuperação do Ambiente e do ordenamento do território.
Também o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal), lançado em 2019, veio orientar toda a política da União Europeia no sentido de apoiar exclusivamente as actividades económicas que sejam simultaneamente capazes de produzir bens e melhorar as condições do Ambiente.
Por seu lado, cada vez mais os consumidores procuram produtos ambientalmente sustentáveis, como por exemplo os materiais recicláveis, os meios de mobilidade não poluentes ou os alimentos produzidos sem pesticidas nem antibióticos que respeitam a saúde humana, o bem estar animal e o Ambiente.
São exemplos claros desta mudança da procura dos consumidores: o crescimento acentuado do consumo de agricultura biológica e a publicidade anunciando a sustentabilidade ambiental dos seus produtos.
A degradação do Ambiente é em si mesma imoral porque é criar um problema e atirá-lo para cima dos outros.
Do ponto de vista económico a degradação ambiental acelerada, que se concretizou nos últimos cinquenta anos, tornou o Ambiente um bem raro e muito valioso.
O Ambiente hoje vale mais do que qualquer produto obtido à custa da sua degradação.
Só os territórios que, compreendendo esta nova realidade, souberem cultivar inequivocamente a sustentabilidade ambiental terão um futuro verdadeiramente próspero e com qualidade de vida.
Hoje, manter num território métodos de produção nocivos ao Ambiente como o agro-químico, a monocultura de eucalipto ou a suinicultura intensiva é condenar esse território a uma economia insustentável que apenas subsiste porque vende o seu Ambiente.
A vocação do Homem sempre foi defender e melhorar o Ambiente do território em que vive, pelo que podemos agradecer a todas as gerações anteriores.
Agora é o momento de voltarmos a produzir com métodos que melhoram o Ambiente do território em que vivemos e assegurarmos que o deixamos em excelentes condições às gerações vindouras.
