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Home Opinião

A rentrée na normalidade possível

Nuno Reis, professor e investigador por Nuno Reis, professor e investigador
Setembro 18, 2021
em Opinião
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O Outono aproxima-se a passos largos, depois de um Verão atipicamente fresco – fazendo lembrar um outro igualmente fresco e com poucos incêndios porque a ministra à época rezou a uma santidade.

O Outono, ainda que seja o final da explosão de vida que a Primavera sempre traz, é para muitos um início.

Depois de um período de férias, recomeça-se com ânimo redobrado o trabalho, as aulas, os hobbies, a rotina familiar.

Definem-se metas, traçam-se planos, tudo vai ser melhor desta vez.

Este Outono é, ainda mais, um recomeço muito aguardado. Depois de um ano e meio de Covid, pretendemos retomar tanto do que interrompemos ainda em 2020.

O regresso à normalidade é, ainda, imperfeito. As máscaras ainda nos acompanham, a distância também, o álcool-gel é omnipresente.

Mas a normalidade é cada vez mais um conceito cujo significado é difuso.

São sintomas de estranhas diferenças de “normalidade” ver um juiz a berrar em tom ameaçador com um impávido polícia que se limitou a ouvir; ou que haja um deslumbramento com um militar que evidenciou capacidade de organização e espírito de liderança; ou que se lamente a asfixia que se vive atualmente quando comparada com a liberdade que havia na década de 1950.

A estranha normalidade não para nas fronteiras nacionais.

Num estado dominado por fanáticos religiosos, entrou em vigor uma lei que proíbe o aborto a partir das seis semanas de gravidez (independentemente do motivo).

A pena? Não é prisão, mas algo bastante mais prosaico: uma multa de cerca de 10.000 euros a todos os envolvidos (incluindo pessoal médico, pessoal administrativo da clínica, familiares que auxiliem de algum modo, e até um taxista que transporte a mulher para o procedimento).

Com a especial perversidade de o valor da multa reverter não para o estado, mas para o denunciante – que pode ser qualquer cidadão, mesmo que nunca tenha visto a mulher.

Está-se mesmo a ver que o estado que, em Setembro de 2021, coloca em vigor uma lei que coloca tanto em causa a condição das mulheres é o Afeganistão dos talibans. Só que… a situação que descrevi acontece no Texas, EUA.

Num outro estado, o presidente declarou que o seu futuro só tem três cenários possíveis: “preso, morto, ou com vitória”.

Para aumentar as hipóteses da terceira, convocou uma manifestação dos seus apoiantes, naquilo que é tido como um ensaio geral para um golpe de estado.

Será desta vez o Afeganistão? Nem perto: No Brasil, Bolsonaro procura desesperadamente eliminar todos os limites à sua voragem corrupta e assaltar definitiva e absolutamente o poder.

Todos estes acontecimentos resultam, em boa parte, de divergentes perceções da realidade que são amplificadas pelos megafones das redes sociais e de órgãos de comunicação social com objetivos políticos.

E, perante retóricas simplistas e a incompreensão do valor da opinião, prevalece a Lei de Brandolini (conhecida como bullshit asymmetry principle): “a quantidade de energia necessária para refutar uma treta é muito maior do que a necessária para produzir a treta”.

 

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Nuno Reisopinião
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