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Home Opinião

Nuvens

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Setembro 15, 2021
em Opinião
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Ainda o Marcel Duchamp não era sequer um pensamento na cabeça dos pais e muito menos o celebrado ícone das vanguardas artísticas europeias do início do século XX como um dos precursores da arte conceitual, do dadaísmo, do surrealismo, do expressionismo abstracto e, sobretudo, o inventor dos ready-made, já a pré-história andava há anos a batalhar para se impor como disciplina científica e, neste processo de afirmação e validação, ter criado os seus próprios ready-made.

Que o jovem Marcel se tivesse cruzado com eles antes de levar um urinol de porcelana a exposição é coisa que ignoro mas, não me parece excessivo pensar que sim. Esta possível ligação entre o artista vanguardista em construção e os desvarios da arqueologia através de um urinol a que ele chama fonte é, convenhamos, muito interessante enquanto objecto teatral.

É também um bom pretexto para vos falar de Jacques Boucher de Perthes (1788-1868, pioneiro de um novo olhar sobre a pré-história e um dos pais fundadores desta disciplina.

Boucher, grande defensor da ideia de um homem antediluviano capaz de se exprimir artisticamente, não tem evidências desta intuição – é bom não esquecermos que as paredes decoradas de Lascaux ou Altamira eram ainda terra incógnita – e inventa, o termo é rigoroso, as suas extraordinárias “pedras figuras”, um conjunto de objectos de silex talhado ou pedaços de pedra corroídos pela natureza, onde ele via ou pretendia ver as primeiras manifestações de escultura.

Transformadas pela imaginação, as pedras passavam agora a ser figuras facilmente reconhecíveis de patos e bois, mulheres ou o que fosse. Imagens que, pois é agora que me diz isso está-se mesmo a ver, parecia impossível que não tivessem sido descobertas antes.

Estas pierre-figure são, nem mais nem menos, os primeiros ready-made em exibição.

Os objectos de Boucher são falsas criações artísticas ao serviço de uma ideia que se provou verdadeira.

Gostava de ter a mesma convicção sobre muitos dos produtos da arte contemporânea que fazem o mesmo apelo mas, não tenho.

E não consigo pensar a sua maioria a não ser como nuvens. Só nuvens.

 

Etiquetas: Luís Mourãoopinião
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