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Casa (in)Comum

Alexandra Azambuja, publicitária por Alexandra Azambuja, publicitária
Julho 22, 2021
em Opinião
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Há quem esteja convencido que a poesia são rimas escritas em livros. Na verdade, isso não é verdade.

A poesia começa quando o vermelho escarlate das papoilas se deixa aprisionar numa porta translúcida que nos deixa entrar na Casa Comum.

Enquanto o mundo se trucida violenta e escancaradamente cá fora, há outro mundo silencioso que espera ali por nós, para nos mostrar na sua quietude silenciosa que há um mundo que abandonámos há muito e que por isso nos fará pagar pesadas facturas, num eterno retorno de acção-reacção a que chamamos destino.

Passado o portal papoilas entramos então numa outra Casa. Há quem lhe chame exposição, instalação, eu chamo-lhe retiro.

É uma viagem interior onde há peças de madeira para cheirar e sentir a verdade das coisas e da natureza, objectos para olhar, cheirar e tocar, lembrar o crescimento natural, peças para lembrar o Sul, aguarelas que nos dão a nudez ascética do Inverno, telas que trazem o sol e a floração pujante, peças entre o científico e o artístico – com camadas como estratos geológicos – rios, líquenes, conchas, pedaços de madeira que reflectem o tempo e a dificuldade do crescimento.

A Casa como elemento simples é feita de água e pinturas que fazem lembrar aparelhos para ouvir o silêncio, peças feitas em esteva que reflectem numa tela azul a translação do sol, o nascer do astro rei reflectido numa pequena papoila, a Casa como coração, pinturas onde se clama para que se cuidem dos sistemas naturais, telas onde uma cabra é um pássaro que abre a boca a espalhar amor e é uma figura materna e que traz o sol atrás, nesta Casa onde há um passarinho que vai levar uma flor/floresta à namorada, nesta Casa onde há de tudo como um verdadeiro mundo antes do Homem.

Madeira, objectos e canas, plantas e fruta, água e livros são um receituário para a Vida, um lugar onde todas as técnicas confluem para passar o segredo à vista de todos.

Um junquilho que é uma porta, um badalo, uma natureza panteísta e sagrada, ideias sobre a transparência das glicínias e luz delicada, a praia como ecossistema que se deve proteger, metamorfoses várias, o Carnaval dos animais, agricultura regenerativa, para aumentar a quantidade de vida, tudo está lá, pintado, descrito, montado, num equilíbrio que pulsa o sangue transparente das flores.

A água apresenta-se como o elemento essencial que temos de cuidar, a terra como o que não pode ser envenenado, o búzio como símbolo – o eco da circulação do nosso sangue, a nossa raiz primordial do mar e a sequência de Fibonnacci – tudo ligado como num fio de prata astral, ligado com a energia dos valores da vida e uma profusão de plantas enquanto Éden primordial.

A Casa é feita de silêncio e é um convite à interioridade com o convite a sentarem-se na pele da ovelha, para sentir o valor do contacto com os animais, um livro de poesia para ler, ou um livro com várias hipóteses de construção.

Aqui chegados corremos todos um risco mortal: o de encontrar respostas.

Casa Comum de Hirondino Pedro e Sílvia Patrício, até 11 de Agosto no Banco de Portugal, em Leiria.

Etiquetas: Alexandra azambujaopinião
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