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Words are very (un)necessary

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Maio 21, 2021
em Opinião
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Não tive uma infância de afetos declarados. Declarados nas palavras, entenda-se, com aqueles gosto muito de ti, tinha tantas saudades tuas ou amo-te muito. Como se o óbvio não precisasse de ser dito. Fazia parte, era a lei das coisas, estava implícito. Aliás, é o amor que está na génese da família. Ama-se toda a vida, mesmo que isso nunca venha a ser proferido.

No cuidado e nos olhos dos que me olharam esses mimos estiveram sempre lá (e ainda hoje estão). Cresci com três irmãos uma década mais velhos que eu e posso dizer que no lugar de dois tive cinco pais. As ações talvez valessem mais que as palavras e a constante presença de alguém talvez substituísse a necessidade de as tornar audíveis. A realidade, é que com ou sem palavras, somos apaixonados uns pelos outros e quase nunca foi preciso dizê-lo-em voz alta.

Pelo contrário, há famílias que se abraçam e beijam a toda a hora, com juras de amor constantes.

Talvez o meio termo seja o indicado. Expressar mais, mostrar mais, mas sem cair no exagero, que isto da afetividade também se faz com silêncios e no saber dar espaço.

Eu sou um bocadinho beijoqueira com os meus, mas muito pouco com os outros. O meu coração transborda muitas vezes em aparente sossego, no lugar de gargalhadas ou de uaus efusivos. Para quem sente acho que vale o mesmo, mas quem está ao meu lado não percebe o tamanho que as coisas têm cá dentro, por isso, bem vistas as coisas, talvez eu devesse apostar mais nas palavras ditas e não tanto nas palavras pensadas, pois das duas uma: ou me conhecem de ginjeira e para bom entendedor meia palavra basta ou então é apenas meu o que senti.

Acho que sou assim muito por imagem e semelhança ao que me foi “mostrado” em pequena. Como sabemos, as crianças são perfeitos imitadores daquilo a que estão expostos. Dão aos outros o que recebem. O seu primeiro “normal” é o que vivenciam em casa, desde o primeiro dia. Se os pais são fala barato, a tendência é dar continuidade a essa saga de falar pelos cotovelos; se os pais são mais discretos, também as crianças tenderão a ser menos expansivas na comunicação.

A forma como falamos e comunicamos com as crianças é crucial. É crucial aquilo que dizemos e o que deixamos por dizer.

O elogio, por exemplo, tem um poder extraordinário. Talvez por isso me lembre de quase todos os que recebi. O elogio ajuda-nos a acreditar, a persistir, a tentar outra vez, a manter o que está bem e a corrigir o que está mal. Os elogios motivam-nos, encorajam-nos, dão-nos alento e mesmo assim são muitas vezes esquecidos, como que: se está bem não se mexe.

No entanto, é urgente elogiar. A falta de reconhecimento de um comportamento adequado pode levar precisamente ao aumento dos comportamentos menos bons, já que esses sim, são, regra geral, alvo de atenção. A única forma de uma criança perceber o que se espera dela é precisamente através da valorização de determinado comportamento. Se for notado e apreciado pelos pais, terá claramente maior probabilidade de vir a ocorrer.

Os elogios não se gastam e não custam dinheiro, por isso não precisam de ser guardados para ocasiões especiais. Não vamos esperar pelo 100% no teste ou por uma sala brilhantemente arrumada. Para sermos bons nalguma coisa, temos de percorrer uma data de etapas e a nossa atenção deve sempre concentrar-se no processo de tentar e não apenas no sucesso dessas tentativas. De outro modo, as crianças desistem antes de lá chegar. (As crianças e eu também!) Muitas vezes, os pais estão tão preocupados com os bons resultados na escola, com a arrumação, com o comportamento exemplar… que nem reparam nas coisas positivas que os filhos também fazem.

Os elogios não estragam as crianças, pelo contrário! Os elogios promovem a sua autoestima e levam-nas a elogiar também os outros, com ganhos claros nas relações interpessoais. É igualmente importante que as crianças observem os adultos a autoelogiarem-se, pois isso promoverá a sua capacidade de autoavaliação e de automotivação, desenvolvendo ainda a estratégia de autoinstrução tão importante no autocontrolo emocional e comportamental.

O amor mostra-se ainda que não se consiga dizê-lo, sente-se. Já o incentivo, a motivação, a crença em nós mesmos, precisa de treino e de se fazer ouvir. O elogio é a força que impulsiona e alivia tensão. Elogie energicamente as crianças, seja sincero e mostre entusiasmo. Não misture elogios com críticas, transforme o desalento em força interior.

Etiquetas: Cláudia Camponez
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