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Home Opinião

Quando o mais é de menos

Joaquim Ruivo, professor por Joaquim Ruivo, professor
Maio 14, 2021
em Opinião
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Hoje vou falar de contas e números. Coisas simples, como convém a um professor de História.

Não vou dizer que ganho o mesmo que ganhava em 2003, porque entretanto fui subindo de escalões. É esse o modesto benefício de todo o funcionário público que vai “progredindo” na idade.

Mas apanhei um choque tremendo, na semana passada, ao escolher papelada para o lixo, toda aquela que sempre pensamos que um dia vai ser precisa e, por isso, se vai acumulando, sem nunca lhe encontrarmos qualquer préstimo.

Estava eu a meio desse exercício sempre doloroso de selecionar papéis, no espaço que eu chamo de “meu escritório” e a minha mulher de “tulha”, quando dei de chofre com o meu recibo de vencimento de 2003.

Ia tendo uma apoplexia! Não há nada que esconder: em 2003, depois de todos os descontos, quase com vinte anos de serviço, recebia 1.425 euros.

Ora, passados dezoito anos, é pouco menos do que um meu colega recebe hoje em dia, estando no mesmo índice: 1.489 euros. Espantoso! Como é possível?

A Pordata dá-nos entretanto outros dados interessantíssimos.

Nas carreiras da administração pública, desde 2005 até agora. os aumentos situam-se entre os 10,5% e os 13%, sendo que os valores ligeiramente mais altos se situam nas carreiras iniciais dos enfermeiros, médicos, militares e, carreiras finais, dos magistrados.

E mesmo este aumento é enganador. O aumento dos impostos e contribuições anulou por completo os 11%, sem falar no custo de vida ao longo destas décadas.

Claro que há muitos que recebem menos do que eu: um assistente técnico no final de quarenta anos de serviço ganha 760 euros  e um assistente operacional ainda menos!

Mas, entretanto, indo só para o que me lembro, em 2003 um pedreiro receberia 8 euros à hora, agora, 12; um eletricistas 10, agora 15. E um litro de gasolina super custava 0,97 euros, agora  quase 1,5 euros…

Como eu gostaria de fazer o exercício da comiseração e humildade, aceitando o inevitável: que há gente que recebe muito menos que eu, que não tem contratos certos, que passa uma vida a recibo verde (a descontar 20% para IRS e 20% para o IVA), que está sempre na eminência de ser despedido, que só recebe o ordenado mínimo… e, sim, é verdade: um rendimento de 10 euros diários é uma “fortuna” para milhões de seres humanos.

O meu problema, podem crer, nunca será o de aceitar que uns sejam mais abonados que  outros.

Prezo e valorizo os que sobem socialmente e enriquecem por mérito, competência, oportunidade, sacrifício, risco.

Mas a conclusão é a de que eu e milhares de portugueses temos empobrecido irremediavelmente.

E, infelizmente, nunca teremos a oportunidade de receber prendas de 14 milhões de euros, esquecendo-nos de a declarar ao fisco.

Porque outros, naturalmente, têm enriquecido à descarada. Muitos deles anónimos, ocultos nos fundos financeiros, nas empresas fantasmas, nos offshore, no submundo da Bolsa.

E o que me custa mesmo aceitar é o descaramento: dos que enriquecem à custa do sacrifício e empobrecimento dos outros, com a presunção do dever cumprido. Porque a isso, claro, chama-se roubar.

Etiquetas: Joaquim Ruivoopinião
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