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Cinema | O obsessivo e singelo Philippe Garrel que conhecemos

Cristiano Jesus, licenciado em Som e Imagem e mestre em Estudos Comparatistas por Cristiano Jesus, licenciado em Som e Imagem e mestre em Estudos Comparatistas
Janeiro 28, 2021
em Opinião
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Uma das personagens quando se apresenta a outra desconhecida pergunta-lhe se já não se viram antes. Aquela responde-lhe que não, mas ao avaliar melhor a questão descobre que há algo na sua figura que é familiar: «Sim, são os olhos!».

Este filme realizado por Philippe Garrel (editado em dvd pela Midas Filmes) traz-nos uma história com elementos tipicamente seus: desde o amor como ponto central da ética, os empregos irregulares, à questão social e económica.

Numa ida a Paris para realizar o exame de admissão na École Boulle, como aprendiz de marcenaria, Luc (Logann Antuofermo), um jovem dos arredores, conhece Djemila (Oulaya Amamra) que o ajuda a orientar-se na cidade.

Apesar da estadia ser breve, dura o tempo suficiente para brotar uma paixão espontânea em Djemila, que é incapaz de reconhecer a falibilidade daquela relação.

Luc está apenas de passagem pela capital francesa e, por isso, regressa a casa onde vive com o seu pai carpinteiro (André Wilms), dotado de «uma alma de poeta», com quem tem uma relação estreita enquanto espera pela resposta de admissão.

Que o leitor se coíba de dizer que lhe contámos parte da narrativa, pois O Sal… tem uma voz off objetiva que expõe certos acontecimentos antes deles decorrerem.

Para o realizador, o espetador não deve ser apanhado de surpresa. Embora pareça que esteja sempre a fazer o mesmo filme ao abordar os seus temas prediletos: o amor e o que dele deriva, como a paixão furtiva, o ciúme, a traição, a dor; longe está Garrel de se repetir por muito que a eles retorne, porque há mistérios que não se resolvem, apenas se aprofundam.

Jean Renoir dizia que o cinema é uma arte mais secreta do que a pintura. É extraordinário como Garrel é capaz de demonstrar a intensidade do medo e da saudade através de um ligeiro travelling para a frente, quando na mesa do café, Djemile e Luc caem nos braços um do outro, depois de algumas horas separados.

Nada de lirismo, eloquência. Apenas um ligeiro travelling sobre os amantes que oferece todo o alívio do mundo. Por fazer filmes de forma tão consistente e notável ao longo do tempo, habituámo-nos à solidez da sua realização que, para nós, se tornou banal o seu talento sob pena de tomarmos este filme como um mero exercício.

O Sal das Lágrimas tem ainda a qualidade de ser intemporal por habitar um tempo próprio cujo presente se mistura com o passado e o futuro, como os seus filmes anteriores.

Apesar de ser filmado em película a preto e branco, que François Truffaut admirava pelas propriedades ficcionais que oferece, Garrel não pretende ser saudosista e está bem consciente de que filma na contemporaneidade.

É exemplo desta consciência um diálogo em tom sarcástico do professor que pergunta em que época foi feita a cadeira em avaliação. O examinando responde: «Final do séc. XIX». O professor contrapõe: «Idiota, está a ser construída».

«Moderna, peço desculpa», corrige o examinando. Philippe Garrel regressa com a mesma precisão e despretensiosidade de sempre que são como pérolas já raras para nos oferecer um pedaço de vida.

Etiquetas: CinemaCristiano Jesuscríticacrónicaopiniãotrufaut
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