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Home Opinião

O Legado Trumpista

António Ginja, arqueólogo e historiador da arte por António Ginja, arqueólogo e historiador da arte
Janeiro 8, 2021
em Opinião
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A Verdade e a Mentira entraram juntas no comboio.

O engenho, estranho e magnífico na sua complexidade industrial, ia repleto das mais elevadas entidades daquele longínquo e quimérico país a que chamam Democracia.

Nas estações e nos apeadeiros anteriores tinham já subido a nobre Resiliência e a corajosa Fraternidade. Soberbos na sua convicta corrupção, seguiam também viagem a Opressão, a Impassibilidade e o Desespero. Trazidos pela mão do seu ilustre pai, o Êxtase, viajavam ainda os muito adorados gémeos, Caos e Amor. E finalmente, ocupando várias carruagens, seguia a majestosa comitiva da Ignorância, mãe de todas as perdições e de todos os fracassos daquele país.

Sobravam apenas dois lugares, na carruagem do meio, frente a frente. Egoísta, a Mentira declarou de imediato nunca viajar de costas e sentou-se voltada para a
dianteira da composição. A Verdade, mais benevolente, demonstrou ser-lhe indiferente e sentou-se voltada para trás. O comboio retomou a sua marcha e, num passo firme e resoluto, ia percorrendo todas as paisagens e os acontecimentos da Democracia.

Voltada de frente, a Mentira, maravilhada, via chegar devagarinho a esplêndida cidade das Artes, as altas montanhas do Direito e a ampla paisagem da Civilização. De costas, a Verdade via apenas, desaparecendo fugazmente, os tenebrosos desfiladeiros da Guerra, as ruínas assustadoras da Pobreza e o longo e árido deserto da Tirania.

A meio da viagem, a Mentira rompeu o silêncio.

Como podes viajar voltando as costas à beleza de todos estes cenários? – perguntou ela indignada à Verdade.

A Verdade, surpreendida pelo tom acusatório da questão, reflectiu longamente sobre a sua própria natureza. De repente, soube exactamente por que motivos viajava de costas. Olhou a Mentira nos olhos e respondeu.

No final deste trajecto, quando atingirmos o destino da Democracia, o comboio inverterá a sua marcha – disse, candidamente –. Seguirá então no sentido contrário, recuando do fim para o princípio, num percurso a que chamam História. Nesse trajecto, serei eu a viajar de frente. Retomarei às Artes, ao Direito e à Civilização, para daí partir, seguindo a minha imparável marcha, e todos quantos habitam na Guerra, na Pobreza e na Tirania me verão chegar.”

Etiquetas: António GinjaViver
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