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O último mês não nos deu grandes novidades, e infelizmente a ordem do dia mantém-se inalterada: como dignificar o Advento em tempos epidemiologicamente incertos.
No passado domingo os rituais cumpriram-se com distanciamento social, e creio que será possível recordar a primeira passagem de Jesus por estas paragens e preparar o seu definitivo regresso com alguma serenidade.
Na verdade, o COVID-19 não tem mostrado grande interesse pela nossa região (à excepção de Alcanena), o que transmite confiança à população em geral e aos seus políticos em particular.
Se a semana de frio que se avizinha não for demasiado dura, e se o epidemiologista em mim acertar no prognóstico, a campanha de oração decorrerá sem problemas até ao Natal, tal como afirmou o Custódio da Terra Santa (Frei Patton) na sua última celebração (sem a companhia dos sempre alegres peregrinos, ainda impedidos de visitar os santos lugares).
Mas como não só de palavra vive o homem, algumas notas mais distrativas têm também marcado os últimos dias.
Um jovem e empertigado ministro socialista informou os cidadãos de que as obras do TGV avançam finalmente!
A ligação a Soure estará mais atrasada, mas, e sempre em altíssima velocidade, antecipa- -se a passagem de um comboio ultra-rápido por Leiria já em 2032!
Por essa altura, em meados do século XXI, espera-se que o Pinhal de Leiria já esteja praticamente recuperado do gravíssimo incêndio do início do século.
A outra boa novidade será a há muito aguardada “remontada” da União de Leiria!
A agremiação evolui favoravelmente na Taça após demolir – numa jornada histórica – as ambições das gentes de Portimão na prova rainha do beautiful game luso.
Devolvendo a esperança a sócios e adeptos, Rui Gomes, autor do tiro, afirmou que “queria mais”.
E não é que o arrogante Vitória de Sernache foi, dias mais tarde, também despachado com chapa 1!
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990a
