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Home Opinião

Literatura | Rio do Esquecimento

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Novembro 15, 2020
em Opinião
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Quando se me atravessou no caminho o romance que hoje aqui trago, sendo embora de 2015, senti que devia lê-lo até porque o título me atraiu bastante.

Rio do Esquecimento transpôs-me para o mito grego do Lethes, o rio que fazia com que os mortos se esquecessem das sua vidas quando o atravessavam para o reino dos mortos, o Hades. Por outro lado, o «rio» carrega uma simbologia daquele que «arrasta as vidas humanas para o oceano do esquecimento»i, como tão bem expressa Ricardo Reis. ii

O rio que aqui corre é o Douro em todo o seu impetuoso esplendor que, de facto, arrasta uma das personagens principais para um esquecimento de muitos anos, desenvolvendo-se toda a dramática ação na cidade do Porto ao longo da segunda metade do século XIX.

Diz-nos a lenda dos três rios que, para não perder a aposta que fizera com os seus irmãos, o Tejo e o Guadiana, e porque acordou tarde para a corrida até ao mar, o Douro foi sempre numa correria, rodeado de montes e colinas, até finalmente encontrar o mar.

Assim parece esta narrativa: uma torrente de escrita de onde repentinamente e em tempos diferentes brotam personagens que vão urdindo a ação de forma a que o leitor não consiga parar de ler.

O enredo tem de tudo para captar a atenção de quem lê: amor, paixão, ambição, amargura, fingimento, inveja, ódio, vingança, crime.

Tudo isto num ambiente de alta burguesia abastada ou arruinada, de belas mansões apalaçadas, em que não faltam as referências às famílias estrangeiras que se fixaram no Porto para exploração da indústria vinhateira, aos desfavorecidos da sorte que emigravam para o Brasil e de lá voltavam riquíssimos e com descendência encapotada, às donzelas que se deixavam seduzir levando a família à desonra e à desgraça, às infidelidades das senhoras burguesas.

Três traves mestras cruzam a narrativa: o tempo, a morte e o mistério ou suspense, que nem sempre concorrem para a harmonia final da obra.

A desconstrução do tempo cronológico pretende ser a imagem de marca da obra, daí a quase obsessão do constante registo das datas. Como a narração dos factos não é sequencial, há como que uma premência em dar pistas cronológicas ao leitor – o que, pelo menos a mim, me fez andar à frente e atrás na leitura…

A morte, para além de indiciada no título, é simbolizada pelo desejo de cada uma das personagens fazer erigir o seu próprio jazigo e a importância que dá à sua arquitetura.

O mistério apresenta-se como outro pretexto encantatório do leitor que se inicia num enigmático prólogo, reaparece num estranho interlúdio a meio da obra e termina num epílogo de pretensa harmonia final.

Tal o rio Douro da lenda, com a pressa de chegar «ao mar», a narrativa deixa «muita paisagem por fruir» …

i (Nuno Júdice, na contracapa do livro)

ii «vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio»

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Agustina Bessa-luíscríticaGraça Sampaioisabel rio novoletraslídia jorgeliteraturalivrosnuno júdiceO Poço e a Estradaopinião
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