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Home Opinião

“Sauve qui peut”

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Novembro 13, 2020
em Opinião
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“O voo da águia não deixa marca; o trabalho do cientista deixa a sua marca. Ao investigarmos a questão da liberdade, precisamos de uma questão verdadeiramente científica e também do voo da águia.” ….

J. Krishnamurti

 

Apetece mudar de mundo, houvera para onde.

A globalização parecia complementar-se com o local. Pertença global, singularidade local.

Neste tempo muitos centraram-se no que é local para garantirem os mínimos funcionais da vida quotidiana fugindo do global, que sem medos nem fronteiras avança.

A intensificação das circulações acelerou todo o processo. E se o processo em si, para muitos, ainda não é claro e qual a pertença a este todo, se os incêndios na Amazónia , o degelo do Antártico, a pobreza infligida pela guerra, a guerrilha de solos na faixa de Gaza, a mão de obra barata no outro lado, o consumo desenfreado que consome solos irreversivelmente, os pesticidas, as culturas intensivas em solos sem água, a contaminação das águas, os campos de concentração com separação de famílias, não clarificou, uma pandemia por todos vivida tornou evidente.

Não há como fugir e até há negacionistas, mas a pandemia de acelerada revelação é uma evidência e com ela todas as evidências. Nada chegou para chegarmos, e para alguns, ainda atónitos com a coisa, chegámos então ao inultrapassável limite. Onde? Ao lugar onde na mesma mesa se sentam – xenófobos, homofóbicos, fascistas, defensores da mutilação, do racismo, da ditadura, da seleção artificial, da mentira, da estigmatização de étnica…

Há uns dias vi um teste de ciências da natureza, onde a resposta certa, de múltipla escolha, a uma imagem de um dinossauro, entre ser um animal que viveu há 60 milhões de anos e um fóssil (entre outras duas questões) era um fóssil.

Algumas imagens para mim independentemente do tempo, passaram também a ser fósseis e com a certeza, que se não são, são.

Este mundo a que pertenço fossiliza-se a cada dia que passa e esta ideia cada vez mais eloquente que o mundo está em cada um de nós , ou antes essa possibilidade que tanto maior quando o afastamento do outro se por um lado é libertadora para a sobrevivência de cada um per si asfixia a outra, o em com o outro, o encontro e nada parece ser o que é porque eu, eu digo como é.

Lawrense Durrell no seu livro Salve-se quem puder conta uma história de um célebre convite de embaixada para embaixada, que dizia o seguinte: “Sua Excelência Hacsmit Bey e Madame Hascmit Bey têm o prazer de convidar V. Exª para a jucunda circuncisão de seu filho Hacsmit Hacsmit Abdul Hacsmit Bey. Traje de passeio e condecorações. Serão servidos refrescos.”

A embaixada teve imensa dificuldade em fazer-se representar, mas fê-lo. O dito filho terá vindo de Londres para a referida festa, onde seus pais lhe fizeram tamanha surpresa.

Confrontado com o que lhe ia suceder, recusou e defendeu seus propósitos, resultando o ruir da tenda onde a festa se desenrolaria.

O dito diplomata, relutante desde o primeiro momento, conseguiu no meio da algazarra fugir.

O seu superior, indeciso sobre o que havia de pensar sobre a fuga do colega, disse: “Em diplomacia… é muito frequente aparecer casos em que a única solução é sauve qui peut”.

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: helena veludoopinião
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