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Home Opinião

Lisboa e a paisagem

Mariana Violante, activista por Mariana Violante, activista
Outubro 17, 2020
em Opinião
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Havia uma anta alentejana do neolítico, com mais de 10 mil anos de existência, que desapareceu, há dias, em apenas minutos, para se poderem plantar mais meia dúzia de metros quadrados de amendoal intensivo.

Há, já aqui ao lado, hectares de floresta ardida a perder de vista, não bastasse a tragédia da monocultura do eucalipto, que estão a ser engolidos por acácias invasoras que produzem anualmente um banco persistente de milhares de sementes por metro quadrado, ameaçando a sobrevivência de centenas de espécies nativas.

No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, parque legalmente classificado e protegido, proliferam incontáveis estufas de framboesas, e em Lagos, uma das maiores plantações de abacateiros da Europa foi instalada à revelia de pareceres da CCDR e fiscalizações das autoridades que, mesmo depois de inspeccionarem e embargarem as plantações, não conseguiram impedir que uma cultura extremamente exigente em água fosse instalada e esteja a funcionar numa região assolada por períodos de seca extrema. Temos ainda, para compor o ramalhete, uma Ministra da Coesão Territorial que responde a perguntas sobre a ligação ferroviária Lisboa-Madrid, esse devaneio, com um “as pessoas vão de Lisboa a Madrid de avião”.

O que os olhos a voar não vêem, o coração embalado não sente!

O que liga todos estes pontos?

Um total e incurioso descaso dos territórios rurais e florestais; um desinvestimento absoluto de tudo o que não é urbano; um desprezo bafiento pela natureza; um desleixo inaceitável pelas pessoas que vivem para lá das linhas do “jamais” (em francês, não se esqueçam, que é chique a valer).

Portugal é um país onde a ruralidade significa implorar para que alguém fique com terras que só dão prejuízo e que acabam nas mãos de investidores que produzem em monocultura, destruindo recursos naturais, habitats e ecossistemas com uma promessa de desenvolvimento que não durará mais de cinco minutos, com retorno perto de zero para o país, e que deixará danos futuros irrecuperáveis, mas que, ainda assim, convencem autarcas que ficam entre a espada de projectos sem futuro e a parede do abandono total.

Quando vai Portugal deixar de ser a paisagem de Lisboa?

Etiquetas: Mariana Violanteopinião
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