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Home Opinião

O tempo não põe no lugar

Cláudia Camponez, psicóloga educacional por Cláudia Camponez, psicóloga educacional
Setembro 10, 2020
em Opinião
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Todas as crianças são, naturalmente, um desafio para os pais. Muita coisa muda e se reorganiza com a chegada de um filho, mas com tempo, amor e aprendizagem a rotina restabelece-se sem grandes complicações. Ok, dorme-se menos, a pontualidade estremece, há brinquedos no chão, bonecada na televisão, birras para gerir e nódoas para limpar. Basicamente, os pais deixam de ser os protagonistas das suas vidas e passam para segundo ou terceiro plano, mas com isto já se contava, pois até aqui apenas se falou daquilo que é o expectável e o considerado normal. O problema são os outros problemas, os problemas a sério, quando tudo se vira ao contrário e quando os sorrisos se transformam em preocupação.

Falo das perturbações do neurodesenvolvimento e entenda-se neurodesenvolvimento como a área da pediatria que estuda especificamente os processos de evolução e crescimento em complexidade do sistema nervoso nas suas diversas funções. Falo da Perturbação do Desenvolvimento Intelectual, das Perturbações da Comunicação, da Perturbação do Espetro do Autismo, da Perturbação de Défice de Atenção e Hiperatividade, das Perturbações Específicas da Aprendizagem e das Perturbações Motoras.

Na prática, todas estas perturbações correspondem a alterações ao desenvolvimento normal da criança e em regra surgem antes da idade escolar. Apanham os pais de surpresa e numa primeira fase são uma espécie de murro no estômago, pois podem, com maior ou menor
gravidade, condicionar o funcionamento da criança a vários níveis (pessoal, social, académico, ocupacional). Aqui, o que se esperava que a criança aprendesse natural e facilmente, sem aprendizagem formal, pode precisar de ser ensinado/treinado desde tenra idade, uma vez que
domínios como a linguagem, o comportamento, a autonomia, a motricidade e a aprendizagem sofrem desvios. Assim, segurar a cabeça, explorar um brinquedo, olhar nos olhos, pegar num lápis, brincar, falar e usar a linguagem de forma adequada, são exemplos do que pode vir
“desprogramado” ou sem “programa”.

Muitos pais paralisam aquando de um diagnóstico precoce. Obviamente, e no seu direito, precisam de tempo para gerir emoções e reestabelecer expetativas. Mas, na realidade, não há tempo a perder, há que arregaçar mangas o quanto antes. Não é à toa que se fala em
intervenção precoce, aquela que é feita até aos 6 anos, pois até esta idade temos a porta aberta para estimular e promover ao máximo o potencial da criança ou até mesmo para o fazer convergir com a normalidade, já que temos a plasticidade neuronal a nosso favor, estando o cérebro mais “maleável” e mais susceptível à aprendizagem quando estimulado. Assim, quanto mais nova é uma criança maior é a possibilidade de responder positivamente à estimulação. Engane-se, por isso, quem acha que é muito cedo para sujeitar as crianças a terapias, aliás a intervenção deverá começar assim que são identificadas as alterações no neurodesenvolvimento, muitas vezes logo após o nascimento. Esperar pelas idades convencionais das aprendizagens é hipotecar o potencial da criança.

E é fácil fazer este caminho? Não, não é. Não é fácil para os pais e não é fácil para os técnicos que tentam desbravar caminho. Às vezes apetece atirar a toalha ao chão, parece que caminhamos para lado nenhum. Estimulamos, demonstramos, reforçamos, repetimos,
encontramos alternativas e não saímos do lugar. Foi assim no passado, é assim agora e será sempre assim, mas desinvestir e desistir não é solução e os frutos colhem-se mais tarde. Quantas vezes os meus olhos já se encheram de lágrimas quando, inesperadamente, como um
coelho que sai da cartola, ouço um “Olá” solicitado outrora tantas vezes?

A bagagem vai-se constituindo como um mealheiro que se vai enchendo. Nem sempre se vê, mas a seu tempo o caminho faz-se e acreditem que os resultados aparecem. Apenas lamentamos não ter começado mais cedo.

Etiquetas: Cláudia Camponez
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