PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Carpe Diem

Clara Leão, professora de dança por Clara Leão, professora de dança
Agosto 27, 2020
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

É uma frase que se lê, e ouve, com alguma frequência, encurtada de Carpe diem  quam minimum credula postero.

Quando usada como conselho para que não seja  lembrado ou se faça por esquecer o que nos  possa afligir, ou como proclamação de que tudo vai bem, mesmo quando não, porque o dia será transformado em rosada alegria, a pequena frase foge à ideia original, e abriga o engano de  se julgar possível (e útil) um viver alegre e  despreocupado e, portanto, a possibilidade de  adiar para sempre as aflições.

A frase, do poeta  romano Horácio (65 aC), com a tradução colhe o  dia e confia o mínimo possível no amanhã, significa que devemos aproveitar o presente já  que a vida é breve e não podemos confiar que  será grande a quantidade de dias por chegar.  

Mas tal não significa um viver imperturbável e  arredado do que nos custa, ou dói, ou  desespera, procurando nos dias a possibilidade  de festa permanente.

Na verdade, aproveitar o dia será viver todas as suas circunstâncias, sentindo, resolvendo, construindo, e partilhando, ligando o que passou ao que  projectamos que possa vir a acontecer, de modo  a que a vida se faça um belo caminho com sentido.

Não se trata de viver apenas no presente porque a nossa vida apenas existe através da memória do que aprendemos, do que  sentimos, e do que construímos; é pela memória que vamos sabendo quem somos, e com ela, quanto baste, se faz o caminho para o que virá  depois.

E não faria também qualquer sentido não nos importarmos com o futuro, não o planearmos de forma a procurar que ele  aconteça do modo como os nossos sonhos o querem desenhar, e não o ansiarmos, ou termos medo dele, de quando em vez, quanto baste, também.

Colher o dia é tarefa importante, mas difícil.

Aconchegado entre esse quanto baste de passado e de futuro, cada dia é uma miríade de instantes preciosos que nunca poderemos guardar por inteiro porque não somos sequer capazes de nos aperceber de todos eles.

Quando os dias passam devagar e nos permitem a felicidade do pequeno aborrecimento por algum mais lento escoar de horas que julgamos vazias, fica-nos a consciência de um eu tridimensional, que se desloca entre dois pontos ou permanece aquietado num deles; que sente um cabelo a teimar infinitas vezes roçar a cara, ou o suave queimar do sol num nadinha de pele exposta entre as tiras da sandália; que repara na languidez de um cão deitado ao sol, no ruído longínquo de um motor, ou no esbater demorado do rasto silencioso de um avião.

Fica-nos a consciência de um silêncio que nos circunscreve e nos torna por isso conscientes do corpo e do pensamento no aqui e agora.

Carpe diem.

E fica-nos também a atenção a quem connosco cruza os dias, numa partilha tão simples que não parece fazer história, mas que afinal tece lenta e seguramente uma memória de nós onde um dia precisaremos de voltar.

Carpe diem.

m tempos de agitação interior, de inesperadas dificuldades com pouco fim à vista, ou em tempos em que a vida acontece com leveza e a fiada dos dias se assemelha a um pequenino fogo de artifício, Carpe diem, colhamos toda a espécie de pequenas grandes coisas.

Etiquetas: carpe diemClara Leãoopinião
Previous Post

Literatura | Livro de Vozes e Sombras de João de Melo

Próxima publicação

Doutores e engenheiros

Próxima publicação

Doutores e engenheiros

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.