PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Literatura | Joaquim Paço d’Arcos, um autor completamente esquecido

Graça Sampaio, professora por Graça Sampaio, professora
Julho 25, 2020
em Opinião
0
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Por muito que gostássemos, não se pode apagar a História com as suas agitações, as suas circunstâncias, os conhecimentos e menos ainda os valores que prevaleceram e que orientaram o Homem em cada uma das Idades do Mundo.

E porque todas as categorias do conhecimento – a Filosofia, a Arte, a Ciência – decorrem daquilo que ficou inscrito em cada período da História, também em Literatura – que é o pedaço do conhecimento que aqui nos traz – muitos movimentos, obras, artefactos literários tenderam a ser banidos do decurso dos tempos por corresponderem a políticas, condutas e valores menos bem aceites na atualidade.

No que toca à Literatura Portuguesa do último século, assistimos à anulação dos neorrealistas por força da Censura do Estado Novo – salvou-se Alves Redol e pouco mais – bem como dos surrealistas pela mesma conjuntura, mas por motivos diferentes: a moral e os bons costumes.

No sentido inverso, submergiram no lodo os escritores conotados com o regime do Estado Novo – a que quase nem Almada teria escapado não fosse o seu passado Modernista – como foi o caso do romancista Joaquim Paço d’Arcos (1908 – 1979), um dos autores portugueses do século XX mais traduzidos em várias línguas e mais lido nos anos 30-40.

A sua criação ficcionista obedece a dois ciclos temáticos: o da atmosfera oriental e oriental grafada na sua vivência de juventude quando acompanhou o seu pai, governador de Macau e de Moçambique; e o da «Crónica da Vida Lisboeta» que desenha ao longo de seis romances publicados entre 1938, com o romance “Ana Paula”, e 1956 com “A Corça Prisioneira”.

«Quando se quiser ver a nossa época [anos 40 – 60] num cosmorama literário, [diz Óscar Lopes] tal como hoje vemos a época da Regeneração através de Camilo, Júlio Dinis ou Eça de Queirós, será preciso recorrer a estes romances de Paço d’Arcos quanto a determinados sectores portugueses».

O romancista não pode ser catalogado num segundo plano, pois se hoje for relido, dá-nos pistas muito relevantes para a compreensão da sociedade portuguesa de meados do século XX. Jorge de Sena reiterou-o em 1957, afirmando ter o escritor plena consciência de uma “humanidade dolorosamente fruste”, que “está presa entre a frivolidade (…) e a superior seriedade moral e intelectual” de que as personagens, sobretudo as femininas, são excluídas. (Leia-se, por exemplo, “Ana Paula).

Sobre a sua obra, escreveu Eduardo Lourenço em 1978: «A sua perspetiva constitui pela continuidade da visão, o ângulo específico que lhe é próprio, um dos fios dessa trama global (o viver português dos últimos 40 anos) e acaso a imagem mais fiel – em certo sentido – da antiga (?) sociedade portuguesa, supostamente desaparecida em 74.»

Do autor, ler “Memórias da Minha Vida e do Meu Tempo”, em 3 volumes. Sobre o autor, “Joaquim Paço d’Arcos, Correspondência e Textos dispersos, 1942-1979”, editado pela D. Quixote, em 2008, pelo centenário do seu nascimento.

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: Graça Sampaioliteratura
Previous Post

Cinema | Calcanhar de Aquiles

Próxima publicação

Música | ENNIO MORRICONE

Próxima publicação

Música | ENNIO MORRICONE

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.