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Home Opinião

Filtro: normal

Raquel Martins, pessoa criadora de conteúdos por Raquel Martins, pessoa criadora de conteúdos
Julho 17, 2020
em Opinião
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Há dias arrendados. Temporários.

Dias onde sabemos não pertencer até encontrarmos um sítio melhor para repousar a existência.

Acordar com essa consciência é meio caminho andado para gerir a inquietação.

Assim fiz.

O mar, como sempre. Azul. Como sempre também, bem sei. Mas ao dizermos que o mar está azul – sem necessidade de adjectivos irritantes – intuímos mais depressa um postal caribenho onde, por norma assente em costumes, ninguém instagrama as suas dores.

Frente a águas cristalinas e pores-do-sol perfeitos – ei-los, os adjectivos enervantes – estamos todos, afinal, “gratos e agradecidos” até ao infinito da gratidão infinita da internet. (inserir boneco budista).

O mundo, ainda que ao contrário, é sempre lindo na pena espiritual do influencer em ascensão.

Bem sei que acordei em contra paisagem, mas enquanto me sento no areal saturado a “vívido quente”, logo vejo, talvez lhe dê um toque mais dramático, a preto e branco, estou a decidir, não deixo de pensar que o filtro que damos às imagens, ao mundo, esteve sempre nas palavras.

No pensamento que as antecede, ele próprio precedido pelo medo. Tal qual a vida real.

– Estás bem? Alguém passou. Vagamente desconhecido para merecer verdade sem filtro.

– Óptima! respondi.

– Como não? Isto hoje está o paraíso.

E estava. Mas nos dias arrendados, a areia do paraíso cola-se à pele e faz comichão em sítios indignos.

As ondas enrolam as ideias em loop na guerra do que não tem solução.

Gostava mais dele do que pensava, afinal.

Não do vagamente desconhecido. Do outro. O moreno que sempre me pareceu igualmente remoto. Devia ter-lhe dito algo do género sem o filtro “Vívido frio”.

Gélido, na altura, vejo isso agora. Fazer o quê?

O medo só passa depois de perdido o propósito do medo. Que é o mesmo que dizer que o medo é um despropósito.

Disso, não nos lembramos nunca a não ser em dias arrendados.

As ideias em loop azul. Dificilmente cristalino.

A areia incómoda a precisar de filtro. Quase sempre bonito. Quase nunca real.

Etiquetas: opiniãoraquel martins
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