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Leiria Medieval: quando o futuro de Ceuta e do Infante Santo se discutiu junto ao rio Lis

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Julho 21, 2022
em Viver
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Leiria Medieval: quando o futuro de Ceuta e do Infante Santo se discutiu junto ao rio Lis
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Em 1438, a peste circula em Portugal. Quando se realizam as cortes convocadas por D. Duarte, Leiria é escolhida para acolher a reunião magna, em que o rei escuta representantes dos municípios, do alto clero e da nobreza. Urge decidir sobre o destino de Ceuta e do infante D. Fernando, retido em cativeiro no norte de África.

É um momento dramático no reinado e marcante na história do País, que de hoje a domingo, 21 a 24 de Julho, serve de tema para a nona edição do Leiria Medieval, com actividades distribuídas por quatro núcleos principais: Castelo, Jardim Luís de Camões, Jardim da Vala Real e Moinho do Papel.

As cortes de 1438 são as últimas de cinco cortes ocorridas em Leiria. “Tão significativas que ocupam metade da Crónica de D. Duarte”, realça Luís Mourão, numa referência ao texto escrito por Rui de Pina em finais do século XV ou inícios do século XVI.

As forças portuguesas vêem-se derrotadas no ataque a Tânger em 1437 e o infante D. Henrique assina um acordo de rendição que entrega Ceuta aos mouros, em troca do reembarque. O irmão fica como refém.

Nas cortes de Leiria, em Janeiro do ano seguinte, as opiniões dividem-se entre respeitar o compromisso, negociar ou recusar o resgate. D. Fernando, depois apelidado de Infante Santo e figura central numa das polémicas da chamada “Questão dos Painéis”, acaba por morrer na prisão, em Fez.

Como lembra Luís Mourão, consultor do município e coordenador geral da recriação histórica, as cortes de 1438 em Leiria revelam-se “muitíssimo importantes” porque “marcam a política, a partir daí, de forma muito nítida”. Não entregar Ceuta, conquistada em 1415, “tem implicações”, argumenta. “Ceuta era a jóia da coroa, permitia a Portugal impôr-se do ponto de vista internacional, junto do Papa e das monarquias europeias”.

Duas novidades

Este ano, estreia-se no Leiria Medieval o ciclo Conversas sobre a Idade Média, a realizar na Igreja da Pena, com a participação dos investigadores Luís Rêpas, da Universidade Nova de Lisboa (“D. Duarte e as monjas de Arouca: desordem no convento”, sexta-feira, às 18 horas), Maria Helena da Cruz Coelho, da Universidade de Coimbra (“Cortes medievais: saber sobre as de Leiria e muito mais”, sábado, às 16 horas) e Saul António Gomes, também da Universidade de Coimbra (“Leiria: episódios da sua história em tempos de cortes”, domingo, às 16 horas). Uma parceria do município com o Instituto de Estudos Medievais da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e com a Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais (SPEM), sob coordenação científica de Catarina Fernandes Barreira e de Maria de Lurdes Rosa.

Outra novidade no Leiria Medieval em 2022 – que inclui muita música e muito teatro ao longo de quatro dias – é a realização de justas medievais (jogos marciais a cavalo) no contexto do acampamento militar instalado a partir de hoje no Jardim da Vala Real. O grande torneio de armas acontece no domingo, às 17:30 horas.

Além de oferecer capacidade de alojamento e alimentação, em que se incluíam dois paços reais, Leiria, então vila, “tinha na Idade Média um significado histórico para Portugal bastante relevante”, comenta Saul António Gomes. As cortes de 1438 mostram “como Leiria nesse tempo era um sítio com alguma centralidade na vida política do País” e “são um acontecimento importante, por várias razões, uma delas porque dizem respeito a um período da história de Portugal decisivo na construção do futuro império português”.

No fundo, discutia-se “a continuidade ou não” da expansão através de território africano, com dois partidos em confronto, nota Saul António Gomes. Um deles, “protagonizado pelo conde de Barcelos, Afonso, meio-irmão do rei, e pelo infante D. Henrique, contra o abandono de Ceuta” e a favor de “uma solução pela força ou por outro meio”, e outro, “encabeçado pelo infante D. Pedro, duque de Coimbra, que entende que é preciso negociar” a libertação de D. Fernando.

Os túmulos dos principais protagonistas – D. Duarte, D. Henrique, D. Pedro e D. Fernando, a quem, com os irmãos, o poeta Luís de Camões chamou Ínclita Geração – encontram-se no Mosteiro da Batalha.

400 figurantes

Os actores João Augusto e Rita Rosa vão representar os reis D. Duarte I – “O Eloquente” ou “Rei- Filósofo” – e Leonor de Aragão. O cortejo de chegada a Leiria está marcado para esta quinta-feira, pelas 21:30 horas, com passagem pelo mercado medieval e Largo de São Pedro até ao Castelo.

Nesta edição do Leiria Medieval, a maior parte das actividades tem lugar no Jardim Luís de Camões, Jardim da Vala Real, Moinho do Papel (primeira fábrica de papel em Portugal, no início do século XV) e Castelo (único espaço com entrada paga, que corresponde ao valor do bilhete normal), mas o evento também vai ao Largo do Papa Paulo VI, Largo Goa, Damão e Diu (Fonte Luminosa), Praça Rodrigues Lobo, Largo 5 de Outubro de 1910, Marachão e Igreja da Misericórdia (originalmente construída no século XVI no local da antiga sinagoga).

É da Igreja da Misericórdia (onde actualmente funciona o Centro de Diálogo Intercultural de Leiria) que sai no domingo, pelas 11 horas, um passeio sobre a Idade Média conduzido pelo Museu de Leiria. Já no sábado, à mesma hora, mas no Moinho do Papel, inicia-se um percurso dedicado a plantas medicinais e ervas silvestres comestíveis.

Hoje, pelas 18 horas, abre pela primeira vez o mercado medieval, espalhado por várias ruas e largos do centro histórico. No domingo, às 21:30 horas, dá-se a partida da corte real. Pelo meio, numa recriação histórica com 60 horas de animação deambulante, de 21 a 24 de Julho, o Município de Leiria anuncia dezenas de espaços de gastronomia e 400 figurantes, a representar mercadores e artesãos, místicos e jograis, nobres e plebeus.

O mercado medieval é apenas uma entre inúmeras iniciativas, que incluem música, teatro, falcoaria real, exposição de aves, fazenda de animais, cetraria, artesanato, acampamento militar, torneio de armas, cortejo real, bobo da corte, espada lusitana, animação de rua, cenas da vida do povo, trovadores, exposições e oficina de escrita medieval e iluminura, entre outras.

Segundo o município, depois de tratar, em edições anteriores, temas como a época do rei D. Dinis, a Rainha Santa Isabel ou o nascimento da Casa de Bragança, a nona recriação Leiria Medieval aposta, de novo, “na conjugação do rigor histórico com a vertente lúdica”.

Etiquetas: Leiria Medieval
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