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Home Opinião

Música | SILÊNCIO

João Brilhante, promotor cultural por João Brilhante, promotor cultural
Junho 27, 2020
em Opinião
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Quanto mais oiço música, mais valor dou ao silêncio. Lembro-me vagamente de uma conversa que tive há uns anos com o Dj e produtor David Holmes.

Depois de um longo Dj set no Festival IMAGO, no Fundão, a caminho do Hotel, ele dizia-me que “o silêncio é tão ou mais importante do que a música”.

Isto depois de ele desligar abruptamente o autorrádio do meu carro, que estava lá com um CD qualquer metido. Ficou logo por terra o meu improvisado trabalho de relações públicas: prosseguimos viagem caladinhos.

No fim, agradeceu-me o silêncio.

Agora com este período anómalo, do vírus a atazanar-nos o juízo, dou por mim a dar conta de mais silêncio espalhado por todo o lado. No outro dia, um sábado à tarde, passei pelos locais mais turísticos de Lisboa: Rossio, Baixa-Chiado, São Pedro de Alcântara, Alfama, Castelo, Mouraria…e o que “vi” foi apenas silêncio!

E como na citação lá em cima, no princípio foi “chato”, mas, depois, tornou-se muito agradável.

Claro que as razões deste silêncio não são as melhores, e entre a beleza das coisas e a do silêncio, vem logo a tristeza, que se sente por não estarmos a levar a vida para a frente como deveríamos.

Puxemos então a fita atrás e lembremo-nos da vida como ela era: restaurantes da moda com preços obscenos e música alta nos seus espaços; ruas, praças, jardins, parques e tudo o que é público com música – até os parques de estacionamento têm música.

Chega o verão e toca a animar o “vazio”, como se não conseguíssemos viver com o silêncio. Silêncio, que é música para os nossos ouvidos, tantas vezes.

E os bares de praia, que em vez de darem destaque ao barulho do mar e do vento, sintonizam as rádios mais histéricas deste país? Animar, animar, animar, parecia ser a palavra de ordem.

Agora que se fala tanto dos efeitos desta pandemia e nas mudanças que aí vêm, seria interessante ver as nossas praças, jardins e praias sem música – sem a música da coluna do grupo do lado, sem a música dos altifalantes da autarquia local.

Deixem o vento soprar, os pássaros cantarem e o mar bater nas ondas. E experimentem fazer uma longa viagem em silêncio e verão que se for “chato depois de dois minutos, tente por quatro.

Se ainda for chato, então por oito. Depois 16. Depois 32.

Finalmente descobrimos que não é nada chato”. Boa viagem!

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: críticaJoão BrilhanteJohn Cagemúsicaopinião
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