Em cerca de dois meses foram adiados 40 julgamentos na Comarca de Leiria por falta de transporte para presos, em resultado da greve dos guardas prisionais. A informação é avançada pelo Jornal de Notícias, na edição desta quinta-feira.
Segundo este diário, entre 1 de Setembro e 21 de Outubro, registaram-se, a nível nacional, 392 adiamentos de audiências por não ter sido assegurado o transporte dos presos a tribunal. Leiria foi uma das comarcas com mais adiamentos. Só Lisboa (80) e Aveiro (61) registaram um número superior.
Os adiamentos afectam as diligências consideradas não urgentes, sendo que aquelas que estão classificadas como inadiáveis têm sido realizadas por videoconferência, com os detidos a serem ouvidos a partir dos estamos, avança o Jornal de Notícias.
A greve às diligências não urgentes dos reclusos, convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), deverá manter-se até ao final do ano. Os guardas pedem progressão na carreira, que alega estar “parada e estagnada”.
Em declarações recentes à agência Lusa, Carlos Sousa, presidente daquela estrutura sindical, explicou que outras das reivindicações prende-se com a existência de “um sistema de avaliação vetusto”, que, segundo dirigente, contém inclusivamente alguns preceitos ilegais.