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Nota prévia:
Parece que esta pandemia de Covid, veio trazer à tona outra pandemia, que parecia estar escondida: a pandemia de presidentes incompetentes! Não falo daqueles que comandam grandes nações – esses já eram bem visíveis antes de qualquer pandemia – falo-vos de presidentes de Junta.
Então não é que – em pleno estado de emergência, sem qualquer aviso prévio, consulta pública ou comunicado à população – a presidente da Junta da União de Freguesias do Souto da Carpalhosa e Ortigosa, decidiu mandar abater todas as árvores do Parque da Lagoa, situado na Ortigosa (que, por acaso, é só a terra que me viu nascer, há quase 33 anos).
Ao que parece, algumas árvores ‘tinham bicho’. Mas: falar com a população, pedir outros pareceres, comunicar ou pensar num abatimento faseado, daria muito trabalho e, como estava tudo fechado em casa, ia lá alguém dar conta que as árvores tinham desaparecido. Não tenho muito mais a acrescentar sobre o assunto, apenas que teremos de esperar entre dez a 20 anos para poder voltar a desfrutar do parque tal como ele era. E fim da nota prévia sobre presidentes incompetentes.
E passamos, então à nossa lição de cinema, que, hoje, irá abordar a temática da Pré-Produção.
E o que é a Pré-Produção? A Pré-Produção é só todo aquele pensamento que é feito antes de se fazer o que quer que seja, ou seja, nada mais que, uma forma de organizar as ideias de maneira, a que outras pessoas as possam compreender. Isso implica a criação de diversos documentos, como, por exemplo:
1. Um Guião: a forma escrita do nosso filme, uma espécie de livro, mas que é escrito tendo em conta algumas regras para facilitar a visualização mental do nosso filme. Normalmente, cada página deste guião corresponde a um minuto de filme, mas, nem sempre é assim, dependendo bastante da quantidade de diálogos que temos.
2. A ajudar a essa visualização temos o Storyboard: uma banda desenhada – que não o é – mas que permite, de uma forma simplificada, ver como queremos contar a história através das imagens que escolhemos, escala de planos, ângulos e movimentos de câmara, posicionamento de atores, etc.
3. Depois, um Dossier de Projeto é de extrema importância, pois é nele onde especificamos todos os detalhes, sinopse, intenções, locais, adereços, atores, dias de rodagem entre muitas outras coisas, e é com ele que podemos também tentar angariar alguns apoios antes da produção.
4. Finalmente, chegamos ao Animatik, que se trata da criação de um vídeo com as imagens do storyboard, simulando toda a duração do filme, podendo ser adicionados sons e até diálogo provisório para percebermos exatamente todo o ritmo do nosso filme, e vermos, atempadamente, antes de sair do sofá, se alguma coisa não está a funcionar bem. O Animatik é bastante utilizado em publicidade, onde o cliente pode ter uma noção muito real do produto final, sem ainda ter avançado para a produção do mesmo.
E… queria falar mais, mas já não tenho mais caracteres. Vemo-nos em Julho?
