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Home Opinião

“Stakeholders”?

José Amado da Silva, professor universitário por José Amado da Silva, professor universitário
Maio 1, 2020
em Opinião
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Meu Caro Zé,

Estamos na hora, e já não é cedo, de, sem discussões internas, legítimas noutro contexto, continuando a luta contra o inimigo comum – o Covid-19 – projetar como vamos viver coletivamente, quer durante a “convivência” com ele quer depois.

No meio dessa luta e discussão, na qual não quero entrar, quase passou despercebido o “Dia da Terra”, pondo em risco a necessidade de continuar, sem travagem, a defesa da Terra, um relevante “stakeholder” de todas as atividades humanas.

Olha, Zé, há mais de 20 anos, num estudo sobre Ética Empresarial, tentámos, sem êxito, encontrar uma palavra portuguesa que traduzisse bem o conceito de stakeholder.

Como é o conceito que importa, há que relevar que ele aparece por similitude com shareholder (acionista), procurando incorporar todas as entidades que contribuem para o funcionamento da empresa, tendo com ela ligações e interesses.

Neste sentido, o acionista é um dos stakeholders, mas não está só, ou seja, a empresa não existe para responder exclusivamente aos seus objetivos.

São também os gestores e, em geral, todos os trabalhadores contratados, o Estado, os fornecedores de serviços de qualquer tipo, incluindo as “utilidades” e as matérias primas, etc. Isto, sem embargo de reconhecer o papel específico e o risco que, assimetricamente, cai sobre quem possui legalmente a empresa.

Ora a Terra é o grande fornecedor de matérias primas, e até de energia, sendo portanto um stakeholder cujos interesses devem ser acautelados e devidamente remunerados, como os de todos os outros.

E é a isso que, verdadeiramente, se pode chamar responsabilidade social da empresa.

Assim, uma empresa socialmente responsável responde, equilibradamente, às contribuições e necessidades de cada stakeholder.

Será que esta fase que atravessamos permitirá uma transformação que assegure esse equilíbrio?

Há sinais positivos, é certo, como é o caso de notícias de valorização de investimentos “verdes” ou de natureza dita “social”.

Mas serão esses os sinais que vão prevalecer?

Como contraste, deixo algumas indicações (as traduções são minhas), no mínimo, perturbadoras:

– “Empregados permanentes são fardos dispendiosos” (The Economist, pág. 49, 20-04-2020); “As empresas vão empregar cada vez mais processos automáticos, já que os trabalhadores podem adoecer…” (idem)

A “cereja em cima do bolo” é esta citação também da mesma fonte.

“Os trabalhadores estão habituados a ouvir que “estamos no mesmo barco”.

Mas isto está a cimentar um sistema de classes a bordo do “navio corporativo. Os gestores têm cabines de primeira classe e os trabalhadores nucleares as outras acomodações.

Mas os freelancers e os prestadores de serviços têm de se agarrar, sem segurança, ao salva-vidas.”

Talvez lembrar que os acionistas são os donos do barco e que a Terra e a generalidade dos trabalhadores serão meros recursos a explorar como der jeito.

Achas tolerável que fiquemos parados a ver acontecer?

Até sempre,

Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: José Amado da Silvaopinião
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