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Tripalium

Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico por Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico
Novembro 15, 2019
em Opinião
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No ano passado escrevi, num artigo de opinião, que é cada vez mais comum ver robots em fábricas a desempenharem uma multiplicidade de tarefas, habitualmente desempenhadas por pessoas.

Esses “operários” que não precisam de pausas, não dormem, não engravidam, não descontam para a Segurança Social e (por enquanto) não reclamam, ocuparão, de forma crescente, a maioria esmagadora dos postos de trabalho deixando para o homem um número cada vez mais reduzido de empregos.

Por consequência, todo o modelo social sofrerá alterações radicais. Os sistemas de segurança social terão de fazer incidir os impostos sobre o que é produzido e não sobre o trabalho, isto porque o “quem”, praticamente, desaparecerá da equação.

Carlos Slim, um dos mais bem sucedidos empresários da atualidade, orador convidado na conferência de abertura da XXI sessão plenária do Círculo de Montevidéu, que teve lugar em 2015 na Universidade de Alicante, insistiu na urgência da criação da semana de trabalho de trinta e três horas como “única fórmula” de garantir o acesso a um emprego que se apresenta, cada vez mais, como um bem escasso.

No entanto, as proféticas palavras do empresário mexicano viriam a passar quase despercebias nos media globais. A cerimónia fora interrompida por estudantes em protesto contra a globalização, durante os quais o reitor ficara ferido.

Ainda assim, este recusou-se a chamar a polícia por considerar que aquele era um espaço de liberdade, não apenas para os oradores mas também para os estudantes que protestavam.

Na semana passada, a Microsoft tornou públicos os resultados da instituição da semana de quatro dias levada a cabo na sua filial do Japão.

Com menos um dia de trabalho, por semana, a produtividade aumentou uns surpreendentes quarenta por cento.

O que a Microsoft veio pôr em prática foi um conceito arquitectado, há mais de vinte anos, em Silicon Valley, nos Estados Unidos, onde algumas tecnológicas passaram a proporcionar aos colaboradores tempos de lazer durante o horário de trabalho, incentivando a troca de ideias e a criatividade.

Já este ano, também a Perpetual Guardian, empresa neozelandesa de gestão de fundos de investimento, implementou a título experimental a semana de quatro dias.

A avaliação feita aos trabalhadores, apenas dois meses decorridos do início da experiência, revelou resultados francamente bons, como a redução do nível de stress e maiores níveis de satisfação no trabalho, na conciliação da vida profissional e familiar, o que levou a empresa a criar outras modalidades como a flexibilização do horário para evitar o trânsito nas horas de ponta.

Numa passagem em As Vinhas da Ira, Steinbeck escreveu, a propósito dos desempregados na grande depressão: “eles deambulavam pelos caminhos, ávidos por trabalho, prontos a matar por causa dele”.

Sendo cada vez mais evidente que robots e computadores substituirão, em larga escala, os humanos, e que o trabalho escasseará no futuro, é preciso tomar medidas revolucionárias para evitar revoluções.

*Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: fernando gonçalvesopinião
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