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A festa, pá!

Clara Leão, professora de dança por Clara Leão, professora de dança
Outubro 18, 2019
em Opinião
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A festa, pá!
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Poucas vezes sucede estar o povo – estarmos nós, portanto – em tal experiência de democracia e de liberdade, que nem se dá conta do real significado e da verdadeira dimensão que essas palavras representam.

É quando elas se materializam de uma forma tão simples e natural, tão sem pompa institucional e alarido, que tudo acontece conforme sempre deveria acontecer na forma de vida que a grande maioria deseja.

Falo do que tantos, e tão bem, já falaram. Falo do Há Música na Cidade que voltou a acontecer, pela sexta vez, depois de se ter silenciado durante quatro anos contra a vontade de todos os que o aguardam e o vivem.

Aconteceu, outra vez, sem discursos de circunstância e sem figuras a serem mais gradas do que todas as figuras que enchem as ruas, as praças, os becos, os pátios e os terraços; uns a mostrar o que sabem fazer, e o que criaram, outros a assistir à criação, mas criando também, porque o burburinho, o vaivém, as palmas, a admiração, o contentamento, e a impossibilidade de aquietar os pés, são manifestações de pensamentos e emoções recriadores da cidade, e transformadores da forma como ela pode ser vivida.

Por um dia que seja, a cidade é como devia ser: toda, de nós todos. Um nosso lugar de encontro. Um espaço público onde o outro, seja ele quem for, é imprescindível para que se faça a festa.

E a festa começou devagar, com o chão das ruas ensolaradas liberto de carros convidando à apropriação do que habitualmente não é nosso, e trazendo uma formidável largueza e um inesperado silêncio aos olhos e aos ouvidos.

E com esse maravilhoso silêncio das pedras, a cidade abriu-se às vozes e aos passos, e permitiu-nos um olhar diferente sobre si, e sobre nós, que a habitamos.

Aos poucos, vindos de muitos lados, fomos chegando, [LER_MAIS]  curiosos, disponíveis para sermos surpreendidos, ansiosos pelos muitos encontros e absolutamente certos de que ela se abria assim para que nela pudéssemos ser absolutamente livres no acto de escolher, de fruir, e de manifestar emoções.

Tomámos a cidade por entre o som de violas, de violinos, de pandeiretas e de acordeões; de bombos, de pianos, de baterias, e de baixos; do som do acústico e do electrónico, do fado, das canções de filmes, e das populares; ergueram-se batutas, harmonizaram-se vozes, marchou-se ao compasso, e dançou-se.

No mesmo espaço, juntaram-se as gerações, confluíram as músicas, e misturaram-se os gostos, num enorme respeito por tudo o que acontecia.

O respeito, e o orgulho, que só acontecem quando alguma coisa é sentida como realmente nossa. Sei da vontade de fazer a festa mais vezes.

Sei da dificuldade de a construir. E sei da importância de não a deixar morrer outra vez porque cultura, a verdadeira, é quando cada alma se agita ao compasso desse pulsar maior que é sermos todos assim, tão livres, tão felizes, e tão alimentados, de vez em quando, com o melhor que uns têm para dar e os outros sabem como receber.

*Professora de dança

Etiquetas: Clara Leãoopinião
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