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Programar o espaço público

João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria por João Bonifácio Serra, professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria
Outubro 10, 2019
em Opinião
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Marco novo encontro com Richard Sennett, aqui evocado em crónica anterior a propósito do artesão. Desta vez, o livro recomendado intitula-se Building and Dwelling. Ethics for the Cities, publicado em 2018.

Este poderoso ensaio persegue o tema da cidade aberta, guiado pela questão ética que desafia a política urbana dos nossos dias: “Deve o urbanismo representar a sociedade tal como existe, ou procurar mudá-la?”

Ao longo do texto, Sennett recorre frequentemente à história da filosofia e do urbanismo da Grécia antiga, onde emergiu o primeiro pensamento consistente sobre o tema. Começando, aliás, com uma citação da Política de Aristóteles que é uma apologia da diversidade. “Uma cidade é formada por diferentes tipos de indivíduos. Pessoas semelhantes não podem dar origem a uma cidade”.

Por isso, em tempo de guerra, Atenas dava guarida a diversas tribos vindas do campo e tratava como exilados os que demandavam a protecção da cidade.

O autor recorre a dois elementos fundamentais da estruturação da cidade grega para traçar uma diferenciação de espaços públicos: a ágora (ou forum) e o teatro (ou auditorium).

A praça é por definição o espaço aberto da cidade, o ponto de encontro dos cidadãos. Aqui tudo se passa ou pode passar, ter uma conversa fortuita ou fechar um negócio, expressar uma opinião sobre um pleito jurídico ou fazer uma refeição, manifestar uma devoção à divindade ou escutar o magistério de um filósofo, dar ouvidos a um rumor ou tecer uma intriga.

A ágora convida à participação.

O cidadão que deambula pela praça, cruzando-se com outros cidadãos, recolhe informação, discute, põe à prova as suas opiniões. O anfiteatro é um espaço preparado para a observação e a audição.

Espectador e perfomer ocupam lugares distintos,  [LER_MAIS] separados por um fosso, este num palco aquele em assentos escavados na rocha. O palco semicircular podia também dispor de uma tribuna, da qual falavam os oradores.

O público assiste ao desenrolar de uma narrativa, passivamente, não participa nela. O anfiteatro é o local da reunião política, onde se votam as leis, se aprovam os orçamentos e se elegem os magistrados.

Ao espaço público sincrónico, o da ágora opõe-se o espaço sequencial, o do pnyx. O primeiro é sem duvida mais propício à diversidade, embora mais fragmentário na informação que possibilita.

O segundo permite assimilação mais tranquila, mas também potencialmente mais manipulável no plano emocional. Perguntarão os leitores a que propósito é trazida aqui esta dualidade. Ela pode ser útil quando desenhamos um plano de actividades para uma cidade. Queremos um plano sequencial ou sincrónico?

Este será certamente mais apelativo, mas coloca um sério repto à coordenação. O outro será certamente menos arriscado, mas não contribui tão eficazmente para a cidade aberta.

O primeiro favorece a proximidade, estimula a empatia e retém a escala humana, o segundo favorece a mensagem, concentra a atenção e suspende o movimento.

*Professor coordenador jubilado do Politécnico de Leiria

Etiquetas: joão bonifácio serraopinião
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