As instituições são organizações e ou mec anismos sociais que definem e controlam o funcionamento da sociedade e dos indivíduos. São o produto do interesse social e organizadas sob a forma de regras e normas, visam à ordenação das interações entre os indivíduos e entre estes e suas respetivas formas organizacionais (Miller e S eumas, 2014).
De acordo Huntington (1965) as instituições são “padrões de comportamento recorrentes, valorizados e estáveis."
São exemplos de instituições os partidos políticos, as igrejas, templos, mesquitas, as escolas, universidades, tradições, normas e cultura. O próprio casamento e linguagem podem também ser considerados instituições.
São as instituições que tornam os países diferentes uns dos outros e dão razão de ser a sentimentos patrióticos e sentido de pertença. Um país sem instituições fortes e respeitadas nunca será um país com futuro.
Infelizmente em Portugal as instituições são fracas e cada vez menos valorizadas.
Quando um juíz envolvido em vários escândalos de corrupção é nomeado para julgar um dos maiores casos de corrupção há pouco mais a [LER_MAIS] dizer sobre o respeito e confiança nas instituições. Casos como o E-Toupeira, Operação Lex, Sócrates, … corroem as instituições de Portugal e “castram” o futuro de um país com séculos de história.
Nunca Portugal será um país desenvolvido enquanto energúmenos* como políticos, dirigentes desportivos, árbitros e até polícias e militares forem corruptos.
É a falta de confiança nas instituições o principal problema de Portugal, como provam as taxas de abstenção nos últimos atos eleitorais.
Que no próximo domingo os portugueses expressem nas urnas o seu descontentamento e venham em força para as ruas exigir governantes de qualidade, que respeitem as instituições que fazem de Portugal o nosso país.
*Energúmeno: “Pessoa considerada ignorante ou muito básica, fanático intolerante” (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2019)
*Professor e investigador
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990