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Home Opinião

Protectio Civilis

Helena Veludo, arquitecta por Helena Veludo, arquitecta
Setembro 20, 2019
em Opinião
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Protectio Civilis
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Esta Gente / Essa Gente
O que é preciso é gente
gente com dente
gente que tenha dente
que mostre o dente

Gente que não seja decente
nem docente
nem docemente
nem delicodocemente

Gente com mente
com sã mente
que sinta que não mente
que sinta o dente são e a mente
Gente que enterre o dente
que fira de unha e dente
e mostre o dente potente
ao prepotente

O que é preciso é gente
que atire fora com essa gente

Essa gente dominada por essa
gente
não sente como a gente
não quer
ser dominada por gente

NENHUMA!

A gente
só é dominada por essa gente
quando não sabe que é gente

Ana Hatherly, in "Um Calculador de Improbabilidades

A chegada a casa a 12 de Setembro, porque o ano escolar encurtou férias, foi um instante esclarecedor que o repouso adquirido, já era!

Desde logo chegar a casa. Primeiro, sem acessos porque as vias estão em obra desde o início do mês de Janeiro e, apesar de finalização prevista para 14 de Junho, ainda não há fim a vista.

De seguida o único acesso à garagem estava interdito porque decorria mais um evento no Estádio Municipal: Leiria Sobre Rodas 2019.

Entrada finalmente em casa fui logo agraciada com locução que dado os níveis de decibéis, seria para ser ouvida em toda a cidade, assim como acelerações e travagens de “pés acrobatas-auto” acompanhadas dos seus resíduos tóxicos.

Se se ouvia além da área urbana, imaginem para quem está ao lado (refiro que o edifício onde habito já existia antes do estádio e a lei do ruído já estava em vigor).

Não abri janelas, até porque a par da inacessibilidade e do ruído, o odor a excremento animal das habituais descargas, do monóxido de carbono, acompanhado dos latires dos animais (supostamente domésticos, mas selvagens porque postos no exterior de suas casas interagem com a envolvente sem regra) o dissuadiram.

Chegada a hora de repouso, as rodas arranham o [LER_MAIS]  solo com travagens e acelerações, o locutor grita e os cães acompanham.

Após quatro dias de Leiria Sobre Rodas 2019, o ano escolar começa com um acesso para cinco escolas (refiro que das cinco escolas uma tem os 15 níveis de escolaridade da pré ao 12.º ano, outra secundário, com participação de alunos de todo o concelho).

Começa também um novo, novíssimo evento – Semana Académica, o que implicou pedir ajuda à PSP ao longo da noite ( três chamadas minhas e uma da PSP informando dos acontecimentos) .

Às três da manhã aterrei de cansaço.

Hoje [dia 18] às 8h15 horas, um agente da PSP que guarda as escolas, disse-me algo de registo: “estou nesta cidade há já 25 anos e nunca vi tanta ANARQUIA SOCIAL”.

É realmente disso que se trata. Da demissão de quem devia informar, fiscalizar e ser responsável pela nossa protecção – Protecção Civil, agora entregue aos municípios, cujo horário é das 9h as 17h30, na melhor das hipóteses.

E concluo que a minha casa no centro da cidade de Leiria, próximo das escolas, do trabalho, do mercado, está mal localizada.

Tudo é Movimento e Repouso, mas na minha casa repouso não é um direito e o movimento um dever. “Herro umano” dará certamente. Tolentino Mendonça diz que “o excesso … está a atropelar a pessoa humana e a empurrá-la para um estado de fadiga, de onde é cada vez mais difícil de retornar”.

É isto que queremos? Ou a nossa consciência de cidadãos de pleno direito e dever foi irreversivelmente alienada?

Arquitecta 
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: helena veludoopinião
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