PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Das coisas de que são feitos os dias

João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO por João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO
Setembro 19, 2019
em Opinião
0
Das coisas de que são feitos os dias
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Estava aqui a olhar para a página em branco e a pensar no que haveria de escrever. Sim, uma página em branco é mesmo assustadora.

Não sou escritor mas acredito na angústia do vazio. Não creio que muita gente se dê ao trabalho de ler as minhas modestas crónicas, mas enfim, algumas haverá e merecem-me respeito, pelo que tento sempre escrever sobre o que aos outros poderá interessar. Mas quem são estes outros? Gente comum, espero.

Por isso, vamos hoje conversar sobre coisas comuns, sobre coisas de que são feitos os dias e assim evitamos aquela resposta que não quer dizer nada mas que repetimos vezes sem fim quando nos cumprimentam com um “então como vai?” e atalhamos com o acostumado “cá se vai andando”.

Que diacho! Andando para onde? Porquê? Com que destino em vista? Nunca fui dado a grandes eventos, coisas épicas ou corajosas, daquelas que ficam para memória futura.

Isto de heróis – salvaguardando as honrosas exceções, que as há – são sempre reconhecidos a posteriori e quase sempre casos em que o herói em causa fugiu para o lado errado e sobreviveu.

Quando não sobrevivem damos-lhe o nome de mártires. Sou assumidamente dado à preguiça, sem propensão a heroísmos e não desejo que me lembrem como mártir. Contento-me em fazer as coisas como posso e sei.

Algumas vezes a coisa até sai bem, outras nem por isso. Importante é fazê-las suficientemente bem.

Aliás, se um dia, por mero acaso, atingisse os limites de mim mesmo que raio teria para fazer no dia seguinte?

Por isso, fico-me pelos pequenos gestos. Coisinhas simples, do quotidiano, daquelas que se fazem e recebemos o troco de imediato, moedas de pouco valor mas que se vão amealhando na nossa bolsa narcísica.

Exemplos? Sem fim se assim os quiser nomear. Na certeza porém que, mesmo que muito modestamente, estarei a contribuir para o bem-estar comum.

Por exemplo, evitar o uso do carro quando posso [LER_MAIS]  andar a pé que há uma atmosfera a preservar; ou quando o tenho que estacionar ter o cuidado de entender que uns centímetros mais à frente ou atrás permitem disponibilizar um espaço para quem vem a seguir; ou aproveitar a parte de trás dos documentos que vão para o lixo como papel de rascunho (se reutilizar uma folha por dia, no final do ano será menos uma resma de papel );

ou ter um balde na banheira para aparar a água do duche que sempre se reutiliza para a sanita; ou quando se cumprimenta com o costumado “como está” ouvir a resposta que talvez o outro precise mesmo de falar de si; ou pedir por favor e agradecer e mesmo pedir desculpa;

ou não ser cúmplice passivo de eventos que, por muita popularidade que tenham, são pouco conducentes com a necessidade imperiosa de não poluirmos mais um planeta já de si dramaticamente poluído; ou sorrir só porque sim para o caixa do supermercado quanto mais não seja para lhe quebrar a monotonia dos gestos; ou usar as escadas e dar pousio ao elevador; ou olhar para o muito de que todos dispomos sem estar sempre a querer mais e mais das vezes desnecessário;

ou olhar para as coisas que outros fazem como o melhor que souberam e conseguiram fazer, sem estar sempre a apontar o erro que só descobrimos que o é porque esse alguém fez alguma coisa, ao invés de nós que não fizemos nada; ou…

Vá-lá, não custa nada assumirmos a política dos pequenos gestos!

Psicólogo clínico
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 19
90

Previous Post

Verticalidade

Próxima publicação

Saldos? O problema é outro

Próxima publicação
Saldos? O problema é outro

Saldos? O problema é outro

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.